Ciclos - Por Gabriela Pachioni

Caro leitor,

Acho que nunca comentei, mas, acho incrível começar um texto assim. É tipo Clarice Lispector quando escrevia para sua coluna de jornal, empoderador. HAHA

Contudo, não é sobre isso que gostaria de conversar com vocês, engraçado que toda vez que passo pela célebre data que popularmente é conhecida como aniversário, sempre reavalio quem eu fui nesse ano que passou. Recentemente venho pensando sobre ciclos, sobre como a vida é cíclica, exigindo sempre uma nova adaptação.

Já parou pra pensar sobre todas as fases que você já viveu na vida? Sobre suas inúmeras personas? São tantas gabrielas em uma só que é difícil de dizer, são tantas molduras que tornei várias. Mas, no final, quem sou?

A cada novo amanhecer um novo olhar sobre o dia se renova, entrei minha nova primavera filosofando sobre o porquê é tão difícil viver esses ciclos. Será que sou tantas que me perdi no caminho?

Sou tantas, mas sou livre? Pelo que estudo estou vivendo sempre em subordinação ao desejo de outro, esse outro que chamo de família, sociedade, igreja, relacionamentos e amigos. Outro esse que não me preparou pra liberdade de ser aquilo que eu quiser, vivendo em um mundo que não nos ensina sobre os encerramentos.

Porque o fim é difícil? Se despedir daquilo que chamamos de infância, ou até daquilo que temos como conforto. O que ciclo tem a ver com liberdade? Muito mais do que a eu possa descrever para vocês, no entanto, o que é mais relevante?

É sobre pensar nesses novos ciclos que início todos os dias, apreciados por uma ótica própria, sem me moldar por esse outro que exige e amarra aquilo que realmente significa viver. Respeitando como já dizia Clarice Lispector, o invisível, pois, não sou aquilo que você vê, sou inúmeras, contido, sou única, ventania forte ou brisa passageira, depende muito do ciclo que eu estou a viver.

Só deixo isso por hoje, o fim de um ciclo pode ser o começo de um novo caminho! Seja o seu próprio caminho!