A fabricante chinesa BYD superou a estadunidense Tesla, de Elon Musk, como a maior vendedora de veículos elétricos (EVs) do mundo, oferecendo uma gama de carros acessíveis. Agora, a BYD entra no mercado de luxo com a marca Yangwang, “selo” de veículos de alto valor, como um supercarro de US$ 150 mil (R$ 740 mil) e um SUV com recursos avançados.
A Tesla, focada em seus modelos Model 3 e Model Y, enfrenta a redução de sua participação de mercado na China, onde a BYD agora vende cinco carros para cada um vendido pela fabricante estadunidense. Com o apoio de Warren Buffett, a BYD expandiu rapidamente seu portfólio de veículos elétricos, dominando o mercado chinês e ultrapassando a Tesla em vendas globais.
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A Tesla reduziu os preços de alguns modelos na China em resposta à concorrência. Mas enfrenta desafios para manter sua liderança diante do avanço da BYD, que agora oferece alternativas de luxo no mercado chinês, segundo o Wall Street Journal. A fabricante chinesa busca se diferenciar com marcas de alto padrão, oferecendo veículos com recursos inovadores e cerimônias de entrega personalizadas para atrair compradores locais.
A BYD planeja expandir suas ofertas de luxo, como o SUV U8 (espécie de Land Rover chinês) e o supercarro U9, para mercados globais, incluindo o Brasil. A empresa segue a estratégia de fabricantes globais ao criar uma família de marcas diferentes para estabelecer sua presença em vários segmentos do mercado automotivo mundial.
A BYD tem planos ambiciosos de exportação e expansão, com presença crescente em mercados como Tailândia, Austrália e Israel. Além disso, a marca tem fábricas em construção no Brasil, Hungria e Tailândia. A empresa pretende exportar 400 mil carros em 2024, com foco em veículos comerciais nos EUA, onde enfrenta barreiras tarifárias e legislativas.
Apesar do sucesso no mercado doméstico, a BYD ainda tem desafios para conquistar o mercado europeu, onde suas vendas são significativamente menores que as da Tesla. A empresa enfrenta competição de fabricantes como Hyundai e Kia nos EUA e precisa adaptar sua estratégia para atender às preferências dos consumidores internacionais.
Fonte: Olhardigital