Na manhã desta sexta-feira (06), a equipe da Patrulha Maria da Penha (PMP) que compõe o projeto “Juntos por Elas”, realizou uma palestra na sede do Batalhão de Polícia de Radiopatrulha (BPRp), em Maceió. A iniciativa foi voltada apenas para os militares do efetivo masculino do batalhão.
O principal objetivo foi desconstruir e conscientizar os homens com relação ao combate da violência contra a mulher, além de efetivar uma troca de experiências das ocorrências de violência doméstica entre a tropa. Outra temática em debate foi a campanha “Novembro Azul” – alusiva ao combate e prevenção ao câncer de próstata e alerta aos cuidados com a saúde do homem.
Foram momentos de muita informação. O cabo Rodrigo Araújo e o soldado Geraldo Júnior, integrantes da Patrulha destacaram a importância da conscientização e da luta em defesa das mulheres assim como o dever de cada cidadão na promoção de uma cultura de paz.
Para a comandante da Patrulha Maria da Penha, major Danielli Assunção, “infelizmente a violência contra a mulher no Brasil é uma questão cultural, o comportamento machista está arraigado na nossa sociedade. E pensando nisso, é essencial um projeto com o público exclusivamente masculino, para que assim possamos desconstruir todo esse estigma”.
“O projeto vai até as empresas e órgãos públicos e também fazemos palestras nas escolas, trabalhando na base da educação dos jovens a importância de respeitar as mulheres, e entender que elas têm autonomia sobre a própria vida e o próprio corpo”, ressalta a oficiala.
Patrulha Maria da Penha
Alagoas tem hoje mais de 600 mulheres sendo acompanhadas pela Patrulha Maria da Penha nas cidades de Maceió e Arapiraca. Implantada em abril de 2018, a patrulha é responsável por fiscalizar o cumprimento das medidas protetivas concedidas às vítimas de violência doméstica na capital e no agreste.
A Patrulha atua 24 horas por dia e 7 dias por semana, fiscalizando o cumprimento das decisões judiciais. Com uma equipe formada por 29 policiais distribuídos em cinco guarnições, já foram realizados 5600 atendimentos fiscalizatórios, o que acarretaram em 55 prisões por descumprimento das medidas protetivas de urgência.
Esses agressores são aqueles que insistem em descumprir a lei e tentam voltar a ameaçar as vítimas.
Fonte: pmal