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Fim das coligações de vereadores Ă© uma das mudanças para eleições

Com nova regra, não serĂĄ possĂ­vel transferir votos de um partido para outro. Medida pode dificultar conquista de cadeira por siglas menores.

Por Redação em 19/09/2020 às 12:18:59

As eleições municipais deste ano trazem algumas mudanças que pretendem corrigir distorções no processo eleitoral. Uma delas é o fim das coligações para as eleições proporcionais. Isto é, não serĂĄ permitida a formação de alianças para as vagas no Legislativo. A transferĂȘncia de votos entre legendas diferentes só poderĂĄ ocorrer no Executivo, para o cargo de prefeito.

"Esta é uma mudança positiva. Antes se mobilizava votos em torno de uma ficção polĂ­tica. O eleitor votava no candidato A, mas acabava por eleger o B, de outro partido. Com a proibição das coligações, me parece que os princĂ­pios ficam mais bem desenhados. Agora a representação proporcional no Brasil reflete a proporcionalidade dos votos do eleitorado. Corrige assim o mecanismo de transferĂȘncia de votos porque agora isso só ocorre dentro do partido, o que traz unidade", explicou o cientista polĂ­tico da TendĂȘncias Consultoria, Rafael Cortez.

A nova regra foi aprovada pelo Congresso Nacional durante a reforma eleitoral de 2017, mas só entrou em vigor nestas eleições municipais. O candidato a uma cadeira na Câmara Municipal só pode participar do pleito em chapa Ășnica dentro do partido ao qual é filiado.

Para o cientista polĂ­tico e pesquisador da FGV (Fundação GetĂșlio Vargas), Humberto Dantas, a alteração é o "melhor dos mundos para o eleitor" e completou: "É essencial para o eleitor entender que votou em A e elegeu o candidato A a vereador. Mas para o sistema partidĂĄrio, é um cenĂĄrio incerto, é mirar no que viu e acertar no que não viu".

O fim das coligações pode gerar dificuldades para os partidos pequenos conquistarem cadeiras no Legislativo, uma vez que as legendas, em geral, tĂȘm menor visibilidade. Uma estratégia adotada serĂĄ o lançamento de candidatos próprios à prefeitura na tentativa de atrair votos para os vereadores do mesmo partido.

"A tendĂȘncia é aumentar o nĂșmero de candidatos a prefeito para substituir a figura da coligação. Mesmo que o candidato tenha poucas chances, esta serĂĄ uma resposta do partido à proibição de coligações no Legislativo, sobretudo em grandes municĂ­pios. Se o candidato a prefeito tiver um bom desempenho, atrai a atenção do eleitor, ajuda a fortalecer a imagem do partido. Sem contar que são bem menos candidatos a prefeito do que a vereador, divide menos a atenção ", enfatizou Rafael Cortez.

Humberto Dantas também acredita em um nĂșmero recorde de candidatos a vereador, chegando a mais de um milhão em todo o paĂ­s, o que representa 0,5% da população brasileira. "Mas deve aumentar também a quantidade de 'laranjas' que apenas emprestam os nomes aos partidos. Com a pandemia, o natural seria a redução de candidatos, mas não creio nisso", concluiu.

Fonte: R7

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