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O que é o câncer inguinal, doença que causou a morte de Anderson do Molejo?

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Por Redação em 26/04/2024 às 16:14:20
O cantor Anderson Leonardo, de 51 anos, ficou internado em estado grave em um hospital do Rio de Janeiro; morte foi anunciada nesta sexta (26) O cantor Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo, morreu aos 51 anos no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (26). Ele havia sido diagnosticado com um câncer na região inguinal desde 2022, que se desenvolve no pênis e no ânus, e estava internado desde o último dia 24 de março.

O tipo de tumor do sambista está associado a inflamações prolongadas, além disso, também pode estar ligado à infecção pelo papilomavírus humano (HPV). É mais comum em homens acima dos 50 anos de idade, mas pode acometer jovens.

Segundo Maria Alzira Rocha, oncologista no Hospital Israelita Albert Einstein e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer, o câncer inguinal acomete a região da virilha e não tem um diagnóstico único.

"[O câncer inguinal] Pode ser vários tipos de câncer que ocorrem na região da virilha, que é a região inguinal. Os mais comuns, exatamente porque nessa região tem muito linfonodo, são o câncer tipo linfoma, que é um câncer hematológico, que acomete os linfonodos do nosso corpo, e aí podemos começar a ter queixas na região inguinal a partir desses linfonodos, desses gânglios, que são as ínguas, que ficam maiores, e eventualmente até dolorosos", afirma.

"Ou ainda pode ocorrer o câncer da região pélvica, perianal, que migram para esses linfonodos, que é a doença linfonodal [dos linfonodos]. Como exemplo tem o câncer de pênis, o câncer de canal anal, e o câncer de reto. São outros tipos de câncer que podem ocorrer e que podem migrar para essa região da virilha", acrescenta.

Anderson Leonardo

Reprodução/Instagram

Fatores de risco

Segundo a médica, os fatores de risco variam de acordo com o tipo de câncer em questão. "Pensando nos cânceres mais comuns, que são os de pênis e de canal anal, o principal fator de risco é a infecção pelo vírus HPV, que é um vírus muito comum na população, e tem relação com a infecção sexualmente transmissível", esclarece.

"O HPV é um vírus extremamente comum na população, mas, por fatores individuais, alguns pacientes desenvolvem cânceres a partir da infecção por ele e outros não", conta. "Quando se trata do câncer de reto, que é a porção mais distal do intestino, e do câncer de intestino grosso, o câncer de colo, pode ter uma metástase que, mais raramente, migraria para a região da virilha. Nesse caso, os principais fatores de risco estão relacionados à obesidade, ao consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em nitratos e açúcar refinado", explica.

Diagnóstico

Como não são doenças tão comuns, o câncer de pênis, de canal anal e o linfoma não possuem um rastreio preventivo. "Mas pensando no câncer de intestino, de reto, enfim, de intestino grosso, como mais raramente podem dar essa doença linfonodal (que saiu do local onde começou e migrou para os linfonodos da virilha), o diagnóstico de rastreio é feito por meio da colonoscopia", afirma a médica.

"Nos outros casos, que são realmente menos comuns na população, fazemos esse início da avaliação diagnóstica por meio da palpação do linfonodo na virilha e de exames de imagem. Geralmente, a gente pede ultrassonografia, ressonância de pelve e, dependendo dos achados, a gente faz a biópsia, e vê esse linfonodo exatamente para confirmar o diagnóstico, seja de câncer, seja de outras doenças", esclarece.

Tratamento

A oncologista explica que o tratamento varia de acordo com o tipo de câncer em questão. "Se é um linfoma, normalmente não contemplamos o tratamento com cirurgia. Geralmente fazemos tratamento com quimioterapia e, em alguns casos, podemos consolidar com radioterapia", afirma.

"Já os outros cânceres, seja de pênis ou canal anal ou intestino, vai depender do estágio da doença no momento do diagnóstico. Quanto mais inicial é uma doença, tendemos a fazer o tratamento curativo com a cirurgia, e, dependendo do caso, podemos indicar tratamentos acessórios com quimioterapia e radioterapia", completa.

Se a doença já se apresenta em um estágio mais avançado -- seja no momento do diagnóstico ou se ela foi inicialmente tratada, mas depois voltou --, a tendência é oferecer ao paciente o tratamento com medicações que percorrem a circulação sanguínea.

"É o tratamento sistêmico. Dessa forma, priorizamos os tratamentos quimioterápicos. Pode também ter indicação de imunoterapia ou, ainda, em casos mais raros, de terapia-alvo também", explica.

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Prevenção

Segundo a médica, a infecção pelo HPV é o grande fator de risco para os cânceres de canal anal e de pênis. "A doença pode ser prevenida através da vacinação, do uso de preservativo nos intercursos sexuais, e evitando, dentro do possível, múltiplos parceiros sexuais", afirma.

"Pensando nos outros tipos de cânceres, principalmente os de reto, a prevenção é evitar os fatores de risco, que são a obesidade, e o consumo de alimentos ultraprocessados, com nitrato e açúcar, e fazer colonoscopia, que é um exame preventivo que pode evitar que a doença vire um câncer", completa.

Fonte: Revista quem

Tags:   Quem
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