A decisão por fazer uma nova análise da droga no esporte ocorre poucos meses após a velocista Sha'Carri Richardson, estrela do atletismo dos Estados Unidos, testar positivo para a substância e ser suspensa da Olimpíada de Tóquio-2020. Após uma série de desempenhos marcantes nos 100 metros no início da temporada, a atleta era uma das mais aguardadas nos Jogos e postulante ao ouro.
A jovem de 21 anos foi excluída da Olimpíada posteriormente a uma suspensão de 30 dias, depois de testar positivo para maconha após sua vitória nos 100 metros nas seletivas olímpicas dos Estados Unidos, em junho. O caso gerou um debate sobre a continuação da inclusão da droga na lista de substâncias proibidas da Wada, com celebridades e atletas criticando a regra como desatualizada e desnecessária.
O presidente da World Athletics, o britânico Sebastian Coe, está entre os que apoiaram os apelos para uma revisão da cannabis. "Este não é um momento irracional para fazer uma revisão", disse Coe durante a Olimpíada. "É sensato, nada está escrito sobre pedra. Você se ajusta e ocasionalmente reavalia".
Nos EUA, ligas profissionais - como NFL (futebol americano), NHL (hóquei no gelo) e NBA (basquete) -, reduziram a aplicação das regras em relação ao uso de maconha, com o reconhecimento de que a droga não melhora o desempenho. Contudo, o mundo olímpico continua a punir o uso em algumas circunstâncias. Segundo a Wada, além de substâncias que estimulam a melhoria do desempenho, a lista de banidos pode incluir drogas que podem representar riscos para a saúde dos atletas ou violar o "espírito esportivo".
Fonte: Notícias ao minuto