sebrae 728x90
arapiraca nov e dez
Gov_prestacaodecontas-abril

Mudanças climáticas devem forçar como tempo é cronometrado; entenda

Como não é segredo para ninguém, a cada segundo, a Terra vem sofrendo com as mudanças climáticas, como o aquecimento global.

Por Adeilson em 28/03/2024 às 00:22:59

Como não é segredo para ninguém, a cada segundo, a Terra vem sofrendo com as mudanças climáticas, como o aquecimento global. Agora, esse perigo para o planeta e a humanidade pode afetar algo vital para nossas vidas: a cronometragem global do tempo.

O problema vai afetar absolutamente tudo, desde computadores em geral ao mercado financeiro – a menos que façamos algo.

Leia mais:

Terra, mudanças climáticas e sua implicação na cronometragem do tempo

  • O sistema que usamos atualmente para medir o tempo é o Tempo Universal Coordenado (UTC, na sigla em inglês);
  • Ele garante que a medida de tempo mundial seja consistente e padronizada para facilitar a comunicação, navegação, pesquisas científicas, comércio e tudo o mais que nos ronda;
  • O UTC é calculado a partir de cerca de 450 relógios atômicos. Eles são superprecisos e usam "vibrações" ultraestáveis dos átomos para medir o tempo, mas ele não se alinha com o tempo astronômico, que se baseia na rotação da Terra;
  • A rotação dela é alguns milissegundos acima do que um dia definido pelos relógios atômicos, sendo que a velocidade de rotação de nosso planeta varia graças a vários fatores;
  • Para compensar a situação, os chamados segundos bissextos são adicionados ao UTC a cada alguns anos para garantir sua sincronia com o tempo astronômico;
  • A exemplo, o IFLScience relembra que mudanças estranhas e até desconhecidas no núcleo predominantemente líquido e no manto sólido da terrestre aceleraram sua rotação nas últimas décadas, o que foi explicado com a adição dos segundos bissextos.

O problema é que mais perturbações estão surgindo, podendo interferir cada vez mais na velocidade de rotação da Terra e criar caos na cronometragem global do tempo.

Duncan Carr Agnew, geofísico do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia em San Diego, estudou a rotação do planeta e como ela vem sendo impactada pelo derretimento das calotas de gelo polares.

As mudanças climáticas vêm causando vários estragos ao nosso planeta e à nossa existência. Uma das principais mudanças negativas tem relação com o derretimento das calotas polares da Groenlândia e da Antártida.

A forma como estão derretendo, além de aumentar o nível dos oceanos, também vem mudando o formato da Terra e sua velocidade angular de maneira mais rápida do que anteriormente.

Imagem: jaya diudara80/ Shutterstock

Agnew acredita que, graças à desaceleração da rotação terrestre, o UTC precisará receber um segundo bissexto negativo (um minuto que, ao invés de ter 60 segundos, tem 59) em meados de 2029. Ele publicou seu estudo na Nature.

Até alguns anos, a expectativa era de que os segundos bissextos seriam sempre positivos e aconteceriam cada vez com mais frequência. Mas, se você observar as mudanças na rotação da Terra, razão dos segundos bissextos, e analisar o que causa essas alterações, parece que uma mudança negativa é bastante provável. Um segundo não parece muito, mas, no mundo interconectado de hoje, errar a hora pode levar a enormes problemas.

Duncan Carr Agnew, geofísico do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia em San Diego, em comunicado

Independente das alterações climáticas, é possível que as alterações no núcleo líquido da Terra possam ter exigido um segundo bissexto negativo até 2026. Mas os cálculos de Agnew apontam que as mudanças na massa de gelo polar atrasaram a adição em até três anos, indo até 2029. Ou seja: as mudanças climáticas já estão afetando a cronometragem global.

Riscos de não adicionar o segundo bissexto negativo

Caso o segundo bissexto negativo não for adicionado, pode ser que a cronometragem global do tempo se dessincronize, o que causaria grandes interrupções nos sistemas de computadores e de telecomunicações (lembra do famoso Bug do Milênio que assustou a todos em 2000? Pois bem… dessa vez, pode não ser apenas um susto que não se concretizou).

Um segundo bissexto negativo nunca foi adicionado ou testado, portanto, os problemas que ele poderia criar não têm precedentes. Metrologistas de todo o mundo estão acompanhando atentamente o desenrolar da discussão, com o objetivo de evitar quaisquer riscos desnecessários.

Dra. Patrizia Tavella, Diretora do Departamento de Tempo do Bureau Internacional de Pesos e Medidas, em artigo sobre o estudo

Tavella comentou ainda que a tarefa de inserir o segundo bissexto negativo – e coordenar o esforço ao nível mundial – seria "formidável".

Fonte: Olhardigital

Comunicar erro
banner tvsampaio 728x90 - local 6
CAMPOS
Detran 20-27.10
CESMAC 50 - NOV2023
Clinica Sesi 25.03

Comentários

banner TAVARES - 728X90 - 2
banner tv sampaio - local 3
p.contas GOV