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Apesar dos resultados positivos do uso da PrEP, um número significativo de pacientes abandona o tratamento. Isso ocorre porque ele exige a administração diária dos comprimidos. Esquecer de tomar o remédio regularmente pode comprometer os níveis de proteção e deixar a pessoa exposta à infecção. Conforme dados do Ministério da Saúde, a taxa de descontinuidade da terapia é de 29%.
No entanto, já existe uma opção de tratamento alternativa. O cabotegravir pode ser injetado a cada dois meses e mostrou-se mais eficaz que os comprimidos. O novo fármaco foi aprovado em julho pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Apesar dos avanços nos tratamentos e estratégias de prevenção, como a PrEP, a busca por uma vacina enfrenta obstáculos, principalmente devido à rápida mutação do HIV. Projetos recentes, incluindo uma vacina da Janssen, mostraram-se ineficazes.
A vacina que chegou mais perto do ideal, desenvolvida na Tailândia, conferiu uma proteção de 32%, o que ainda é muito baixo. Do ponto de vista da saúde coletiva, não há praticidade em adotar uma vacina com esse nível de proteção.
Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan e infectologista
Porém, ainda há esperanças. Uma iniciativa que reúne especialistas de 16 instituições de todo o mundo e da qual Esper Kallás faz parte, está investigando a cura do HIV. O consórcio HOPE (Controle do HIV por Epigenética Programada, em português) usa como base a estratégia de “bloquear, prender e retirar”, ou seja, silenciar a expressão do vírus dentro das células, removendo o HIV definitivamente do corpo.
Fonte: Olhardigital