Em entrevista coletiva via rede social, realizada no início da noite desta terça-feira, dia 05, o secretário de Saúde Alexandre Ayres lamentou o número de mortes provocadas pela Covid-19 em Alagoas: 80, conforme o boletim epidemiológico divulgado hoje. Já o número de casos confirmados da doença é 1.605, o que representa uma taxa de letalidade de 5,6%.
O secretário reforçou a importância da colaboração da população para a "seriedade do momento" e se mostrou preocupado com a elevação da taxa de letalidade. Segundo ele, hoje mais dois leitos de UTI no Hospital Sanatório e 15 leitos dos 22 entregues no Hospital Ib Gatto, em Rio Largo, já estão ocupados.
Ayres comentou que a superlotação registrada na Central de Triagem, no Ginásio do Sesi, ocorre porque a população deixou de ir às UPAs, mas reforçou que "não adianta discutir quem está certo ou errado, o importante é que o cidadão vá ao médico e por isso estamos criando outras portas de atendimento".
Ele demonstrou preocupação com a ocupação dos leitos em Alagoas e na capital. Dos 452 leitos disponíveis na rede no estado, entre os 142 de UTI, 62 estão ocupados e dos 102 de Maceió, 67 estão ocupados, significando 66% do total. Dos leitos clínicos de Maceió a ocupação é de 74%, explanou.
Sobre o novo decreto, o secretário reforçou que "as restrições foram tomadas de acordo com orientações de uma equipe de médicos e especialistas" e destacou a importância das medidas restritivas que suspendem o trânsito de pessoas na orla e outros locais públicos. Para ele, é preciso que os gestores das cidades do interior cumpram as determinações, principalmente nas feiras livres.
"Essa é uma nova tentativa de contenção da propagação do vírus em Alagoas, nosso objetivo é achatar a curva e trabalhar na ampliação de leitos", prosseguiu, completando que "não estão descartadas novas medidas mais restritivas, mas se houver descumprimento iremos apertar cada vez mais, ressalvando a saúde pública... Estamos trabalhando para evitar o colapso na saúde e aplicando as medidas restritivas para evitar o crescimento dos casos em Alagoas", concluiu.