Sofá, dispositivos eletrônicos, carros e até cortinas podem ter um composto chamado "retardante de chama". Ele serve para atrasar ou impedir o fogo de se alastrar pelos produtos em casos de incêndio. Apesar de aparentar benefício, na verdade, esse químico guarda perigos.
Pesquisadores da Universidade Brunel e da Universidade de Birmingham descobriram que a substância, ao contrário do imaginado, pode entrar no corpo humano não só por vias aéreas, mas também pela pele e causar problemas de saúde. Os detalhes foram publicados no Environment International.
Leia mais:
Os PBDEs foram criados na década de 70 para prevenir incêndios em diversos produtos. Alguns dos químicos foram proibidos devido a novas evidências científicas de riscos à saúde, mas outros ainda são encontrados em itens de consumo.
Misturado ao plástico, apresentam preocupações adicionais. A degradação em microplásticos, além de um problema ambiental, pode ter impactos na saúde humana, principalmente por causa dos aditivos tóxicos presentes na combinação.
As consequências dos microplásticos para a saúde pública ainda são incertas, mas sua ligação a aditivos associados ao câncer e desregulação endócrina levantam preocupações. Ainda é necessário mais pesquisas para entender melhor os riscos e os potenciais perigos.
Infelizmente, existem miríades de aditivos químicos tóxicos, que vão desde plastificantes e estabilizantes em microplásticos, alguns dos quais não são regulamentados, que podem potencialmente entrar no sistema humano
Ovokeroye Akpojevwe Abafe, autor da pesquisa, para o Science Alert
Os pesquisadores destacam a necessidade de regulamentação e proteção da saúde pública contra exposição a produtos químicos tóxicos, pedindo por medidas urgentes.
Fonte: Olhardigital