Durante 22 anos, a poluição da capital de São Paulo excedeu os limites recomendados pela OMS, segundo o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). As consequências do ar contaminado para a saúde da população são diversas, e uma delas acaba de ser descoberta por uma pesquisa conduzida pela Universidade de São Paulo (USP) com o apoio da FAPESP.
A equipe realizou uma análise de 238 autópsias de moradores da cidade, em conjunto com entrevistas com familiares das vítimas, e descobriu uma relação direta entre a poluição e o risco aumentado de doenças cardíacas.
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O nível de poluição da cidade de São Paulo pode ser o mesmo, mas ela impacta a população de forma diferente dependendo de seus hábitos. Por exemplo, se você passa horas parado no trânsito, fica mais exposto a contaminantes do ar do que alguém que passa mais tempo dentro de casa. Logo, também tem maior risco de desenvolver problemas de saúde.
No estudo, os pesquisadores chamam a atenção para a necessidade de reduzir as chances da população desenvolver complicações cardíacas devido à poluição. Eles listam a redução das emissões de veículos, o incentivo ao transporte público sustentável na cidade e a adoção de fontes de energia limpa como estratégias fundamentais para garantir um ar mais limpo e cuidar da saúde pública.
A pesquisa foi publicada na revista Environmental Research.
Fonte: Olhardigital