Com mais de três milhões de casos confirmados de dengue, o Brasil registra o pior surto da doença da história. Por isso, qualquer forma de combate o mosquito Aedes aegypti é bem-vinda. Uma delas envolve plantas específicas.
Leia mais
De acordo com pesquisadores, algumas espécies possuem compostos químicos que agem como um repelente natural para os insetos transmissores da doença. Isso acontece com plantas como a citronela, por exemplo.
No entanto, especialistas indicam que a duração desse efeito é muito limitada. Se o cômodo de uma casa for muito grande, por exemplo, a planta não vai ser capaz de repelir totalmente o mosquito. Além disso, as substâncias responsáveis por afastar o mosquito estão dentro dos tecidos das plantas e não ficam constantemente sendo dispersas no ambiente.
Na planta, o efeito de repelência é baixo e o produto não está exatamente disponível no ar, não há um aerossol que espalha a substância no ambiente. Além disso, há outros compostos na própria planta que podem atrapalhar essa ação de afastar o mosquito.
Maria Anice Sallum, professora do departamento de epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP
Dessa forma, a extração de óleo dessas plantas, processo que concentra e potencializa o efeito de repelência, apresenta uma eficácia maior para afastar os mosquitos. O uso de repelentes industrializados, com eficácia aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também são mais indicados.
Outro ponto de atenção é que o uso inadequado das plantas pode trazer risco à saúde. Esfregar elas no corpo, por exemplo, não aumenta o efeito repelente. Pelo contrário, pode causar problemas como urticárias e alguns tipos de alergia. As informações são do G1.
Fonte: Olhardigital