Segundo publicado no X (antigo Twitter) pelo astrofísico e rastreador de satélites Jonathan McDowell, o objeto em questão trata-se de um detrito do módulo orbital da espaçonave Shenzhou 15, que lançou três taikonautas para a estação Tiangong em novembro de 2022.
Com massa estimada em 1,5 tonelada, o módulo orbital Shenzhou serviu para acomodar a tripulação e os experimentos científicos a caminho da estação espacial. Ao final da missão, eles retornaram no módulo de reentrada, que foi projetado para atravessar a atmosfera da Terra em segurança e de forma controlada, diferentemente do módulo orbital.
Obviamente, a maioria das pessoas que viu a bola de fogo cruzar o céu por volta de 1h40, horário local da Califórnia (5h40, pelo fuso de Brasília), não fazia ideia do que era aquilo.
Alguns pensaram que poderia ter sido um pedaço de hardware da SpaceX, o que era um palpite plausível: um foguete Falcon 9 havia lançado 22 dos satélites de internet Starlink da Base da Força Espacial de Vandenberg, na costa central da Califórnia, cerca de seis horas antes.
No entanto, os destroços em chamas não poderiam ter sido o primeiro estágio do Falcon 9 porque ele pousa com segurança após o lançamento e é reutilizável. Já o estágio superior do foguete, sim, é descartável.
Seja como for, com cada vez mais numerosos lançamentos espaciais, a queda de destroços do espaço tem sido mais comum, o que gera críticas de várias pessoas da comunidade espacial, incluindo os chefes da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA), que os classificam como "irresponsáveis e potencialmente perigosos".
Fonte: Olhardigital