O Centro de Robótica (CRob) da Universidade de São Paulo (USP) está liderando um estudo que pretende colocar robôs para trabalhar em estações petrolíferas. A intenção é usar os dispositivos em tarefas que, atualmente, causam grande estresse aos funcionários ou os colocam em situações de risco tanto nas instalações offshore quanto onshore.
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O projeto recém-aprovado foi batizado de Infraestrutura para o Desenvolvimento de Ferramentas Robóticas para Inspeção e Manutenção em Instalações Petrolíferas e vai ser conduzido em parceria com a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e do Instituto de Física de São Carlos (IFSC).
A intenção é, ao final dos estudos, viabilizar o uso de robôs em tarefas que arriscam a vida humana.
Marcelo Becker, docente da EESC e coordenador do CRob, explicou ao Jornal da USP alguns desses riscos: nas instalações petrolíferas onshore (em terra), o ambiente é de alto risco por causa da presença de líquidos e gases inflamáveis e explosivos. Já offshore (estações no mar), centenas de funcionários ficam embarcados na plataforma por 15 dias, há quilômetros de distância da terra, trabalhando em turnos de 12 horas.
O objetivo da iniciativa é diminuir o estresse das atividades e o risco de acidentes, ao mesmo tempo que melhorar as condições de trabalho.
O estudo também tem parceria com a Petrobras e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), e já começou os preparativos.
Para viabilizar a iniciativa, serão mais de 50 pesquisadores, trabalhando em áreas de inteligência artificial, controle e navegação dos robôs e mais.
O investimento total é de R$ 48 milhões em infraestrutura e R$ 19 milhões em bolsas de estudo, viagens, material de consumo e serviços associados à pesquisa e ao desenvolvimento do projeto.
Fonte: Olhardigital