A equipe se inspirou em como a luz é dobrada pela atmosfera da Terra ao passar por camadas de diferentes densidades.
“No entanto, desviar a luz por grade de difração permite um controle muito mais preciso da luz laser em comparação com a deflexão na atmosfera da Terra”, explica Schrödel. “As propriedades da grade óptica são influenciadas pela frequência e intensidade – ou seja, o volume – das ondas sonoras".
No experimento, os pesquisadores empregaram um pulso de laser infravermelho com potência de pico de 20 gigawatts. Isso equivale a cerca de 2 bilhões de LEDs, ou a energia necessária para enviar 16,5 DeLoreans "de volta para o futuro".
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“Nesta faixa de potência, as propriedades materiais de espelhos, lentes e prismas limitam significativamente seu uso, e esses elementos ópticos são facilmente danificados por fortes feixes de laser na prática”, acrescentou o orientador do projeto, Christoph Heyl, também do DESY. “Além disso, a qualidade do feixe de laser decai. Em contraste, conseguimos desviar os feixes de laser de uma forma que preserva a qualidade sem contato".
Embora a equipe tenha optado por criar um sistema de grade, os pesquisadores acreditam que outras estruturas ópticas poderiam ser feitas de ar, como lentes e guias de onda. E que até seria possível usar diferentes gases para interagir com tipos de lasers diversos.
“O potencial do controle sem contato da luz e sua extensão para outras aplicações atualmente só pode ser imaginado”, disse Heyl. “A óptica moderna baseia-se quase exclusivamente na interação da luz com a matéria sólida. Nossa abordagem abre uma direção completamente nova".
Fonte: Olhardigital