Breaking Bad: ator revela que não recebe pela exibição da série na Netflix

O ator Aaron Paul, conhecido por interpretar Jesse Pinkman na série Breaking Bad, revelou que não recebe ‘nem um centavo’ da Netflix pelos direitos de exibição da série na plataforma. Durante um protesto ligado à greve dos atores de Hollywood, Paul falou sobre o assunto. A gigante do streaming ainda não se manifestou.

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"Não ganho um pedaço dos lucros da Netflix com Breaking Bad, para ser bem honesto, e acho isso uma loucura. Acho que muitos desses serviços de streaming sabem muito bem que não estão pagando uma quantidade justa aos atores, e chegou a hora de começar a pagar", afirmou à Euronews.

Breaking Bad foi ao ar entre 2008 e 2013, com a história de um professor de química (interpretado pelo ator Bryan Cranston) que se torna traficante de drogas após receber um diagnóstico de câncer.

Devido ao sucesso da série, Paul venceu três Emmys por sua atuação como o braço direito do protagonista.

Netflix e a exclusividade de transmissão

A Netflix é o único serviço de streaming onde Breaking Bad está disponível em várias regiões, incluindo o Brasil. Além disso, a plataforma também oferece acesso ao spin-off Better Call Saul e ao filme El Camino, lançado em 2019.

Greve em Hollywood

• O Sindicato dos Atores de Hollywood (SAG-AFTRA) oficializou a greve em 13 de julho, depois de não conseguir chegar a um acordo com os estúdios, mesmo após semanas de negociações.
• Entre as reivindicação dos atores estão novas regras sobre o pagamento de residuais – dinheiro que os atores recebem pela reprodução de projetos na TV e no streaming – e medidas para evitar o uso de inteligência artificial na criação de filmes e séries.
• Em junho, antes de começar a greve, o SAG-AFTRA fez uma votação com todos os seus membros para perguntar o que eles pensavam sobre isso. 98% dos atores que fazem parte do sindicato disseram que estavam de acordo com a greve.
• Os atores de Hollywood não entram em greve desde 1980.

Paralisação histórica

A paralisação, além de interromper as filmagens de muitos projetos que contam com intérpretes filiados ao SAG, impedirá ainda a participação de atores em eventos de imprensa para filmes que já foram incluídos e estão prestes a ser lançados nos cinemas.

Além disso, a situação é agravada pela greve dos roteiristas, que acontece desde maio. Como resultado, é esperado que a maioria dos projetos dos grandes e pequenos estúdios seja completamente paralisada até que novos contratos sejam assinados.

Vale notar que os dois sindicatos não entravam em greve simultaneamente desde 1960.

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