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Entenda reação alérgica que levou Jeniffer Nascimento à emergência após comer lagosta

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Por Redação em 13/05/2024 às 13:02:44
Atriz foi parar no hospital com inchaços e queimações na pele no sábado (11)

Jeniffer Nascimento, de 30 anos, contou no Instagram, no sábado (11), que foi parar no hospital depois de sofrer uma reação alérgica por comer lagosta em um restaurante de frutos do mar. A atriz, cantora e apresentadora contou que teve dificuldade para respirar e precisou tomar remédio na veia.

A artista precisou de atendimento médico com urgência e alertou seus seguidores sobre os perigos potenciais, mesmo para quem que não tem histórico de alergias a frutos do mar. "Em questão de minutos tive uma crise alérgica muito severa. Começou com espirro, de repente comecei a sentir que tinha algo dentro do meu olho", contou a atriz, destacando a gravidade do quadro.

"Meu rosto inteiro estava inchado, minha pele queimando. Comecei a ficar sem voz e com a garganta seca. Foi desesperador", disse Jeniffer. "Se eu tivesse demorado mais um pouco para tomar remédio, provavelmente teria sido intubada. Muito cuidado com frutos do mar, mesmo se você não tem alergia. E se começar a sentir qualquer sinal de alergia, corre para o hospital", alertou.

Jeniffer Nascimento fala de reação alérgica a lagosta e recuperação

Alergias podem ocorrer em qualquer fase da vida

Segundo a (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), as alergias são imprevisíveis e podem ocorrer em qualquer fase da vida.

"O fato de já ter comido camarão e nunca ter apresentado reação não significa que, em algum momento da vida, a pessoa não possa ter alergia por esse alimento. Indivíduos com asma, rinite e dermatite atópica são um pouco mais predispostos do que a população geral, mas isso não é uma regra", alerta Renata Cocco, Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da ASBAI.

A anafilaxia é a reação alérgica mais grave e pode ser fatal, caso a pessoa não seja imediatamente tratada com adrenalina. Vários fatores podem desencadear uma crise de anafilaxia, entre elas ferroadas de inseto, alimentos, medicamentos, exposição ao látex, etc.

Os sintomas da anafilaxia são urticária gigante, geralmente acompanhada de angioedema (inchaço), comprometimento respiratório (como falta de ar, chegando à insuficiência respiratória), sintomas gastrointestinais (cólicas, vômitos e diarreia agudos) e comprometimento cardiocirculatório, com hipotensão e choque, sendo que em questão de minutos o paciente pode evoluir para morte.

"Quem já teve qualquer tipo de reação alérgica pode apresentar outra crise ainda mais grave em uma outra exposição e o uso de anti-histamínicos ou corticoide prévios não previne o aparecimento de sintomas", comenta a especialista da ASBAI.

"Para quem já sabe que é alérgico a determinado alimento, a regra é evitá-lo. Leia os rótulos de produtos industrializados (alimentares ou não) para ter certeza se os ingredientes não contêm a substância que causa a alergia. Cuidado com restaurantes, especialmente os por quilo, pois há muita contaminação cruzada (ex.: arroz mexido com a mesma colher do camarão). O consumo de frutos do mar com álcool (ex: a 'caipirinha na praia') pode aumentar a absorção intestinal e o risco de reações. Para quem já apresentou reações graves anteriormente, tenha sempre por perto a adrenalina autoinjetável, já que pode acontecer exposição acidental", aconselha a profissional.

Segundo ela, a única forma de salvar uma pessoa em crise de anafilaxia é com a aplicação da adrenalina autoinjetável. "Aplique a medicação e, em seguida, corra para o hospital mais próximo. A aplicação da adrenalina autoinjetável é simples e mesmo pessoas não habilitadas conseguem utilizar a medicação com segurança", explica Renata.

O dispositivo usado para a aplicação da adrenalina ainda não é comercializado no Brasil e só pode ser obtido via importação ou nos prontos-socorros.

Como funcionam as reações alérgicas?

Segundo a ASBAI, as reações podem se manifestar como edema de glote e anafilaxia. A glote é um espaço localizado na faringe (garganta) que fica entre as duas pregas vocais. É importante porque dependendo da abertura e fechamento das pregas vocais, o ar passa e serão produzidos os sons, a fala. Quando acontece o edema de glote, inchaço que ocorre nessa região, a passagem de ar pode ser obstruída, impedindo a pessoa de respirar.

O edema de glote pode acontecer por causa de uma reação intensa na região do pescoço ou por reação sistêmica, as chamadas anafilaxias, que podem acometer vários órgãos, inclusive pele e mucosa, ocasionando o inchaço da região. As anafilaxias, geralmente, ocorrem por alguns alimentos, medicamentos e ferroadas de insetos como abelhas, vespas e formigas.

A anafilaxia é caracterizada pela associação de manifestações clínicas envolvendo dois ou mais sistemas. Um desmaio súbito, obstrução de vias aéreas (edema de glote) e vômitos irreprimíveis também podem ser manifestações de anafilaxia.

As manifestações alérgicas podem iniciar com sintomas cutâneos e mucosos e evoluir para anafilaxia, apresentando acometimento respiratório ou gastrointestinal, por exemplo.

Manifestações clínicas da anafilaxia

Manifestações na pele e mucosas (80% a 90% dos casos): Vermelhidão localizada ou no corpo todo, coceira, manchas na pele, placas no corpo e/ou inchaço nos olhos e lábios. Geralmente são as mais frequentes e aparecem primeiro;

Manifestações respiratórias (70% dos episódios): coceira e entupimento nasal, espirros, coceira ou aperto na garganta, dificuldade para falar, rouquidão, estridor [som ofegante durante a inalação, resultante de uma obstrução parcial da garganta (faringe), caixa de voz (laringe) ou traqueia], tosse, chiado no peito ou falta de ar;

Manifestações gastrointestinais (30% a 40%): náuseas, vômitos, cólicas e diarreia;

Manifestações cardiovasculares (10% a 45%): pressão baixa, com ou sem desmaio, aceleração ou descompasso dos batimentos cardíacos;

Manifestações neurológicas (10% a 15% dos casos): dor de cabeça, crises convulsivas e alterações do estado mental;

Outras manifestações clínicas: sensação de morte iminente, contrações uterinas, perda de controle de esfíncteres, perda da visão e zumbido.

Tratamento

Considerada emergência médica, o tratamento da anafilaxia deve ser feito rapidamente, sendo a adreanalina autoinjetável o primeiro medicamento a ser administrado por via intramuscular, na região anterolateral da coxa. A adrenalina trata todos os sintomas associados à anafilaxia e pode prevenir o agravamento dos sintomas.

No entanto, a adrenalina autoinjetável não é produzida no Brasil e só pode ser adquirida pelo paciente por meio de importação.

Outros medicamentos também podem ser associados ao tratamento, como antialérgicos, corticoides e broncodilatadores, mas não devem ser administrados antes ou no lugar da adrenalina e nunca devem atrasar a administração rápida de adrenalina assim que a anafilaxia for reconhecida.

A adrenalina deve ser disponibilizada para a automedicação no domicílio e o paciente deve seguir o plano de ação indicado pelo seu médico, procurando a emergência para avaliação clínica e manter-se em observação, uma vez que que a anafilaxia pode recorrer, caracterizando-se a reação bifásica.

Após a recuperação da anafilaxia é recomendado o acompanhamento com um especialista em alergia e imunologia para realizar corretamente o diagnóstico, tentar identificar os agentes desencadeantes daquela reação, diminuindo o risco de reação anafilática futura. Assim, é possível adotar ações para reduzir a gravidade da reação em uma nova anafilaxia, incluindo a prescrição e educação sobre o uso de adrenalina autoinjetável.

Fonte: Revista quem

Tags:   Quem
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