Netflix cortará US$ 300 milhões em gastos

A Netflix é lucrativa há anos, mas a guerra dos streamings obrigou as plataformas a pensarem em novas formas de continuarem rentáveis sem depender exclusivamente do crescimento de assinaturas. Para isso, a empresa pretende reduzir US$ 300 milhões em gastos este ano, segundo apurado pelo Wall Street Journal.

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Corte de custos

• A intenção da Netflix é continuar competitiva — e lucrativa — em meio a um mercado em transformação.
• Um dos motivos para o corte de custos é o adiamento da restrição do compartilhamento de senhas para o segundo semestre deste ano.
• A intenção é que a medida gere mais receita, com os assinantes que usavam senhas de terceiros criando suas próprias contas.
• Apesar do corte multimilionário, pessoas ouvidas pelo WSJ revelarem que, em uma reunião interna no início desse mês, líderes da Netflix pediram que os funcionários fossem criteriosos com seus gastos, inclusive de contratação.
• Na conferência, os líderes garantiram que não haveria congelamento de contratações ou demissões adicionais.

Contexto

O corte de US$ 300 milhões, porém, é parte pequena do orçamento da Netflix. Ano passado, as despesas da empresa ficaram em cerca de US$ 26 bilhões.

A decisão vem em meio à nova previsão do quanto a plataforma deve gerar em caixa livre: após o primeiro relatório trimestral de 2023, subiu de US$ 3 bilhões para US$ 3,5 bilhões. Com o atraso na restrição do compartilhamento de senhas, a receita proveniente da medida deve entrar apenas no segundo semestre.

Estratégia da Netflix

A Netflix já vem há algum tempo pensando em mudanças.

A empresa relatou sua primeira perda de assinantes há cerca de um ano, o que fez as ações caírem. Então, cogitou incluir anúncios em sua plataforma, o que fez os papéis subirem — a alta em 2023 é de 17%.

Além disso, o streaming tem pensado em outras maneiras de cortar gastos e lucrar: já realizou demissões, reduziu sua pegada imobiliária, mudou as faixas salárias para determinadas posições e tentou novas formas de pagar pelos conteúdos do catálogo.

Resta saber qual será a próxima decisão da Netflix para diminuir ainda mais os gastos.

Com informações de Wall Street Journal

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