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Banco Central deve manter Selic em 13,75% ao ano nesta quarta-feira

Por Redação em 03/05/2023 às 08:27:13
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (3) e deve manter a taxa básica de juros da economia estável em 13,75% ao ano. Essa é a projeção de analistas do mercado financeiro.

Se confirmada, será a sexta manutenção da taxa Selic nesse nível. Esse é o maior patamar dos juros desde novembro de 2016, ou seja, em seis anos e meio. A decisão do Banco Central será anunciada por volta das 18h30.

A expectativa da maior parte dos analistas do mercado financeiro, consultados pelo Banco Central na semana passada, é de que a taxa comece a recuar somente em meados do mês de setembro.

Debate sobre juros

A reunião do Copom desta semana será realizada em meio a um intenso debate sobre o nível da taxa básica de juros da economia. O juro brasileiro é a maior taxa real do mundo.

Na semana passada, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, debateram o tema no Senado Federal. O chefe do BC também participou de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na última semana.

E o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuou disparando fortes críticas ao patamar da taxa básica da economia, por conta do impacto no nível de atividade e de emprego.

Lula associa taxa de juros ao desemprego no país em evento de comemoração ao Dia do Trabalho
Lula associa taxa de juros ao desemprego no país em evento de comemoração ao Dia do Trabalho

Chefiado por Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o Banco Central possui autonomia operacional para definir a política monetária com objetivo de controlar a inflação.

No Senado, o ministro Fernando Haddad mostrou preocupação com a desaceleração da economia, por conta também da alta dos juros, e disse que isso pode gerar problema nas contas públicas, por conta do impacto na arrecadação.

"Se a economia continuar desacelerando, por razões ligadas à política monetária [taxa de juros alta, fixada pelo Banco Central], vamos ter problemas fiscais, porque a arrecadação vai ser impactada. Não tem como separar. Se desacelero a economia, vou ter impactos fiscais", afirmou Haddad, na ocasião.

Já o presidente do Banco central disse que o Copom, colegiado que define a taxa de juros, atua de forma técnica e avaliou que a inflação continua alta no país.

"A inflação de curto prazo tem caído, mas muito lentamente, e os núcleos [que desconsideram fatores temporários] continuam altos. Esse ultimo número que saiu, ficou um pouco acima", afirmou.

Presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirma que desequilíbrio fiscal pressiona juros da economia
Presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirma que desequilíbrio fiscal pressiona juros da economia

Segundo ele, o aumento da inflação prejudica, principalmente, os mais pobres. Campos Neto afirmou, ainda, que o combate à inflação é a melhor política social que existe, e destacou que o desequilíbrio das contas públicas contribui para a alta dos juros.

Em sua visão, a taxa de juros é alta no Brasil por conta do atual nível de endividamento – considerado elevado para o padrão de países emergentes.

Como o BC define os juros

A taxa de juros é o principal instrumento do Banco Central para tentar conter as pressões inflacionárias no país. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic.

Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central pode reduzir o juro básico da economia.

Neste momento, o BC já está ajustando a taxa Selic para tentar atingir a meta de inflação do próximo ano, uma vez que as decisões sobre juros demoram de seis a 18 meses para terem impacto pleno na economia.

  • Para 2023, a meta de inflação foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
  • A meta de inflação do próximo ano é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Em doze meses, até março, a inflação oficial somou 4,65%. O grande destaque foi aumento da gasolina, que subiu 8,33% no mês passado. Para os anos de 2023 e 2024, o mercado estima que o IPCA somará 6,05% e 4,18%.

Consequências de juros altos

De acordo com especialistas, juros elevados têm vários reflexos na economia, entre os quais:

Fonte: G1

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