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Número de casos de Aids cai em Alagoas, mas especialistas alertam sobre os cuidados com a prevenção

Por Redação em 21/12/2022 às 08:39:26
Reprodução

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Em Alagoas, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), mesmo diante da queda do número de casos confirmados da doença, que passaram de 340 entre janeiro a novembro de 2021 para 292 no mesmo período deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alerta que não se deve ignorar os cuidados preventivos, uma vez que, apesar de ser possível conviver com a patologia, ela ainda não tem cura.

Por ser transmitida principalmente pela via sexual, os especialistas orientam sobre a importância da prática sexual protegida. Para isso, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente os preservativos masculino e feminino, que podem ser encontrados nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos 102 municípios alagoanos. Além do uso da camisinha, é necessário evitar o compartilhamento de seringas.

"Por mais que seja possível conviver com o vírus HIV, uma vez que existem os antirretrovirais, que são medicamentos distribuídos também pelo SUS, o vírus e a doença trazem muitas complicações e o tratamento pode gerar efeitos colaterais. Por isso, prevenir é sempre o melhor caminho, até porque as formas de proteção são simples e assegurada pelo aparato de saúde pública", ressaltou o gerente estadual de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, enfermeiro Diego Hora.

Conforme Diego Hora, gerente estadual de vigilância e controle das doenças transmissíveis, as medidas de prevenção são asseguradas pelo SUS

PEP e PrEP – Ainda conforme o técnico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), além do uso do preservativo e do não compartilhamento de seringas, a prevenção ao HIV ocorre por meio da Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Os dois métodos são disponibilizados pelo SUS e consistem em medicamentos que bloqueiam a ação do vírus da Aids no organismo da pessoa que se expôs ou irá se expor a ele, durante o comportamento de risco.

No caso de a exposição sexual de risco ter acontecido há menos de 72 horas, é recomendado o uso da PEP, que em Alagoas está disponível em Maceió, no Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), Hospital Universitário (HU), Serviço de Assistência Especializada Dr. Marcelo Constant e no Serviço de Assistência Especializada do PAM Salgadinho. Já no interior, a estratégia é disponibilizada em Santana do Ipanema, no Hospital Clodolfo Rodrigues; e em Palmeira dos Índios, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Mas, no caso das pessoas que epidemiologicamente tenham maior risco de entrar em contato com o HIV, como os trabalhadores do sexo, por exemplo, a PrEP é a indicada, uma vez que ela consiste na combinação de dois medicamentos que bloqueiam alguns caminhos que o HIV usa para infectar o organismo. Atualmente, a PrEP está disponível no PAM Salgadinho e no HEHA, ambos em Maceió, e no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Arapiraca.

"Entretanto, é importante ressaltar que tanto a PEP quanto a PrEP trazem efeitos colaterais, não podem ser usadas indiscriminadamente. O uso do preservativo durante o ato sexual e o não compartilhamento de seringas ainda são as medidas mais simples e seguras para serem adotadas por todas as pessoas, visando a prevenção do HIV", reforçou Diego Hora.

Diagnóstico

Com relação ao diagnóstico da doença, o gerente de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Sesau orienta que ele seja realizado o mais cedo possível, após a contaminação pelo vírus HIV. Assim como ocorre com todos os problemas de saúde, quanto antes ocorrer o diagnóstico, aumentam as chances de não desenvolver a doença e de a pessoa infectada apresentar problemas decorrentes, como doenças oportunistas.

"Por isso, ter acesso precoce a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus e, no caso das gestantes, as chances de não terem filhos com HIV é de 99%, caso sigam o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto, evitando transmissão vertical. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde, conquista qualidade de vida. Desse modo, se a pessoa se expôs a uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, é necessário fazer o teste anti-HIV", recomendou Diego Hora.

Em Alagoas, além dos exames laboratoriais, é disponibilizado também o Teste Rápido de HIV, cujos técnicos foram capacitados pela equipe do Programa Estadual de Combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Para saber em qual unidade o Teste Rápido está disponível, cujo resultado é divulgado em cerca de 30 minutos, basta ligar para o número 136 ou acionar a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) do município de origem do usuário, que não precisa temer em se expor, uma vez que todo o processo é sigiloso.

Sintomas e Tratamento

Ainda conforme Diego Hora, quando ocorre a infecção pelo vírus da Aids, os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar e, por isso, a maioria dos casos passa despercebida e a pessoa infectada pode ficar assintomática por vários anos. Entretanto, com o passar do tempo, as células de defesa começam a funcionar com menos eficácia e o organismo fica vulnerável às infecções comuns, surgindo febre, diarreia, emagrecimento e suores noturnos.

"Daí por diante podem surgir as doenças chamadas oportunistas, como a tuberculose, pneumonia, toxoplasmose, alguns tipos de câncer e as hepatites virais. Daí o porquê da importância do diagnóstico precoce, da realização do tratamento com os 22 antirretrovirais disponibilizados desde 1996 pelo Ministério da Saúde, além do cuidado permanente com a saúde, para que se tenha vida longa e com qualidade", salientou o gerente.

Fonte: Secom Alagoas

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