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Bolsonaro diz que pede a Deus que não tenhamos problemas nesta semana, e que Forças Armadas estão ao lado dele

Por Redação em 03/05/2020 às 15:58:31
Presidente disse que 'não tem mais conversa', que Forças Armadas estão ao lado dele e que 'não vai mais admitir interferência', enquanto participava de ato com pautas antidemocráticas. O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (3) que "não tem mais conversa", e que pede a Deus "que não tenhamos problemas nesta semana, porque chegamos no limite". Bolsonaro não esclareceu o que significa esse limite.

"Vamos tocar o barco. Peço a Deus que não tenhamos problemas nessa semana. Porque chegamos no limite, não tem mais conversa. Daqui para frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição. Ela será cumprida a qualquer preço. E ela tem dupla-mão. Não é de uma mão, de um lado só não. Amanhã nomeamos novo diretor da PF e o Brasil segue o seu rumo aí", disse.

As declarações, em tom de desafio, foram dadas em uma live transmitida em rede social, feita enquanto Bolsonaro participava de um ato a favor do governo e com pautas antidemocráticas e inconstitucionais na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

Na última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal. A decisão se baseou na fala do ex-ministro Sergio Moro, que acusou Bolsonaro de tentar uma interferência política na cúpula da PF.

Bolsonaro classificou a decisão como "política" e, no sábado, chamou o ex-ministro da Justiça de "Judas". Neste domingo, disse que "não vai admitir mais interferência", sem citar diretamente as decisões da última semana.

O presidente também não detalhou o que significa "não admitir interferência", e não disse o que pretende fazer caso novas medidas sejam derrubadas na Justiça.

"Queremos a independência verdadeira dos três poderes e não apenas uma letra da Constituição, não queremos isso. Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência. Vamos levar esse Brasil para frente. Acredito no povo brasileiro e nós todos acreditamos no Brasil."

O presidente também voltou a criticar governadores, a quem culpa pelo desemprego e pela crise econômica em meio à pandemia do novo coronavírus. Segundo Bolsonaro, a decisão de fechar comércios é "irresponsável" e "inadmissível".

"O Brasil como um todo reclama volta ao trabalho. Essa destruição de empregos irresponsável por parte de alguns governadores é inadmissível, o preço vai ser muito alto na frente. Fome, desemprego, miséria. Isso não é bom. E o país de forma altiva vai enfrentar os seus problemas."

Bolsonaro classificou o ato como "manifestação espontânea do povo aqui em Brasília, em defesa da democracia da liberadade."

"Quer um governo sem interferência, que possa trabalhar para o futuro do Brasil", disse. No ato, os manifestantes exibiram faixas pedindo intervenção militar e gritaram contra o Congresso Nacional, o STF e o ex-ministro Sergio Moro.

O Congresso e o Judiciário são dois pilares do sistema democrático e, por isso, pedidos para o fechamento das instituições são ilegais. A reivindicação por "intervenção militar com Bolsonaro" é considerada apologia contra a democracia e, portanto, ilegal e inconstitucional.

Sem máscara, Bolsonaro vai ao Palácio do Planalto para apoiar manifestação

Ato e aglomeração

No sábado (2), Bolsonaro visitou um posto de gasolina às margens da BR-040, em Cristalina, gerando nova aglomeração. Ele voltou a defender a flexibilização do isolamento social e disse que as pessoas devem ir de máscara para a rua, embora ele mesmo tenha negligenciado as medidas.

A primeira participação de Bolsonaro em um ato do tipo, em meio à pandemia, foi em 15 de março. Naquele momento, o Brasil já tinha casos confirmados da Covid-19 e campanhas pelo isolamento social, mas nenhuma morte. O presidente tinha acabado de voltar de uma viagem aos EUA, na qual pelo menos 23 integrantes foram infectados pelo coronavírus.

Desde o primeiro ato, em menos de dois meses, o Brasil chegou a 97,1 mil casos confirmados da infecção e 6.761 mortes, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde neste sábado.

Fonte: G1

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