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Ibovespa recua 0,08%; ganho da Petrobras amenizou baixa

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Por Redação em 25/04/2024 às 23:42:56

Cenário nos EUA elevam as chances de manutenção de juros pelo Fed até julho, afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos

O Ibovespa fechou praticamente estável, com uma leve queda de 0,08% nesta quinta-feira (25). O principal motivo foi a baixa de -2,11% nas ações da Vale (VALE3), por resultados abaixo do esperado. No entanto, a alta de +2,40% nas ações da Petrobras (PETR3/PETR4), também relevantes no índice, atenuou a baixa do principal indicador de mercado.

A Petrobras subiu após o Conselho de Administração da petrolífera confirmas as expectativas do mercado e aprovar a distribuição de dividendos extraordinários.

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O Ibovespa fechou a 124.645,58 pontos. Na máxima do dia, o Ibovespa chegou a 124.731,65 pontos. Na mínima, a 123.702,89 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$ 21,27 bilhões.

Os negócios também influenciados por dados econômicos nos Estados Unidos. Foi divulgado um crescimento da economia de 1,6% no primeiro trimestre de 2024, abaixo do esperado. No entanto, a inflação segue elevada, o que reduz a probabilidade de o Federal Reserve (FED), o banco central americano, reduzir os juros no curto prazo.

Para Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da empresa de educação financeira Escola de Investimentos, o anúncio de pagamento de R$ 94,35 bilhões em dividendos, sendo cerca de R$ 22 bilhões extraordinários, agradou o mercado e fez os papéis subirem.

“A inflação no Brasil tem vindo um pouco acima do esperado e Roberto Campos Neto já tem demonstrado que os juros podem deixar de cair 0,50 ponto percentual como aconteceu nas últimas reuniões.”, diz Cohen. “As mudanças na meta do arcabouço fiscal também elevam a incerteza, pois o arcabouço foi definido há menos de um ano e o governo já está usando artifícios para mudar, o que não é positivo.”

Segundo Cohen, além do PIB, “tivemos uma queda nos pedidos semanais de auxílio-desemprego. Isso foi inesperadodo, pois mostra o mercado muito aquecido por lá, o que preocupa ainda mais os investidores”. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 5 mil na semana encerrada em 20 de abril, para 207 mil, em dado com ajuste sazonal, segundo o Departamento do Trabalho, abaixo da expectativa de 215 mil pedidos na última semana.

A inflação do PIB subiu 3,1% anualizados no primeiro trimestre, levemente acima dos 3,0% previstos e muito acima dos 1,7% registrados no último trimestre de 2023. “Os números foram ruins, criando a percepção de um cenário de baixo crescimento e resiliência da inflação”, afirmou o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, acrescentando que ele e sua equipe elevaram as perspectivas de que os juros possam inclusive não cair em 2024 nos EUA.

Ele também chamou a atenção para a divulgação na sexta-feira (26) do resultado de março do índice Personal Consumption Expenditure (PCE). “Vai ser um fator chave para a definição do cenário de probabilidades relativamente à política de juros” do Fed, avaliou.

Diante do prognóstico para os juros nos EUA, os investidores não-brasileiros seguem vendendo mais do que comprando ações na B3. Em abril, até o dia 23, o saldo está negativo em R$ 9,8 bilhões, segundo dados da B3 excluindo valores relacionados a ofertas de ações. No ano, o déficit chega a R$ 32,7 bilhões.

Os rendimentos dos títulos públicos (“treasuries”) de dez anos do Tesouro americano rendiam 4,704% ao ano no fim da tarde, acima dos 4,654% no fechamento da quarta-feira (24). O índice S&P 500, uma das principais referências do mercado americano, caiu 0,46%, com perspectivas negativas para os resultados da Meta, empresa controladora do Facebook, também ocupando as atenções.

Apesar de ter perdido força durante a tarde, o dólar à vista fechou a quinta-feira (25) em alta ante o real, impulsionado pelos dados piores que o esperado da inflação dos EUA, que reforçaram as apostas de que o Federal Reserve deve promover menos cortes de juros este ano.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,1651 na venda, em alta de 0,31%. Em abril, a divisa dos EUA acumula elevação de 2,98%.

Às 17h10, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,19%, a R$ 5,1670 na venda.

Os investidores começaram o dia à espera da divulgação, pelo Departamento do Comércio, da primeira prévia do Produto Interno Bruto dos EUA para o primeiro trimestre e do índice PCE que acompanha o relatório do PIB, em busca de pistas sobre os próximos passos do Federal Reserve na política monetária.

O movimento do pregão

Quando os números saíram, às 9h30 (horário de Brasília), os yields dos Treasuries despencaram em um primeiro momento, com a informação de que o PIB cresceu a uma taxa anualizada de 1,6% no primeiro trimestre — abaixo dos 2,4% de crescimento projetados por economistas consultados pela Reuters. Isso fez com que, no Brasil, o dólar à vista também despencasse, marcando às 9h30 a mínima de R$ 5,1123 (-0,72%).

No minuto seguinte, no entanto, os yields saltaram para o território positivo e passaram a renovar máximas na sessão, o que fez o dólar também ganhar força ante várias divisas, incluindo o real. Por trás da virada estavam os números ruins de inflação: o núcleo do PCE subiu 3,7% no primeiro trimestre, acima da expectativa de alta de 3,4%.

"A inflação veio muito ruim, então o dólar deu uma reagida e chegou aos R$ 5,19", comentou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, lembrando que os dados reforçaram a percepção de que o Federal Reserve tende a promover menos cortes de juros em 2024 — o que, em tese, favorece a moeda norte-americana.

Às 10h14, já após os números de inflação, o dólar à vista registrou o pico de R$ 5,1943 (+0,88%).

Durante a tarde, porém, os yields perderam força nos EUA, assim como a moeda norte-americana ante boa parte das demais divisas, o que também colocou o dólar em patamares mais baixos no Brasil. Investidores aguardam agora a divulgação do índice PCE mensal na sexta-feira (26), dado de preferência do Fed para suas decisões de política monetária.

Às 17h11, o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,22%, a 105,570.

A forte influência do exterior sobre os ativos no Brasil deixou em segundo plano nesta quinta-feira o noticiário interno. O ministério da Fazenda deu detalhes sobre a proposta de regulamentação da reforma tributária, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a definição do relator da matéria deve ocorrer ainda esta semana.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de julho.

À tarde o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de US$ 165 milhões em abril até o dia 19, com saídas líquidas de US$ 8,400 bilhões pelo canal financeiro e entradas de US$ 8,564 bilhões pela via comercial.

DESTAQUES

– VALE ON caiu 2,11%, a R$ 62,22, após a mineradora divulgar que seu lucro líquido recuou 9% no primeiro trimestre, para US$ 1,7 bilhão, enquanto analistas consultados pela LSEG esperavam lucro de US$ 1,9 bilhão. Na China, o contrato futuro de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o dia com alta de 1,03%. Também no radar esteve a oferta de US$ 39 bilhões de da BHP pela Anglo American.

– PETROBRAS PN avançou 2,40%, a R$ 42,22, após acionistas da petrolífera aprovarem em assembleia nesta quinta-feira uma remuneração total aos acionistas referente ao exercício de 2023 no valor de R$ 94,35 bilhões, incluindo R$ 21,9 bilhões de em dividendos extraordinários. A soma da remuneração extra se refere a 50% dos dividendos extraordinários possíveis do exercício de 2023. No exterior, o barril do petróleo Brent fechou em alta de 1,12%.

– ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,56%, a R$ 31,68, enquanto BRADESCO PN caiu 0,07%, a R$ 13,66.

– COGNA ON saltou 7,50%, a R$ 2,15, tendo como pano de fundo relatório do JPMorgan elevando a recomendação dos papéis para “overweight”, com os analistas destacando entre outros fatores que o grupo de educação melhorou significativamente seu perfil de fluxo de caixa. No setor, YDUQS ON encerrou com elevação de 5,73%.

– MULTIPLAN ON perdeu 3,19%, a R$ 23,07, antes da divulgação do balanço previsto ainda para esta quinta-feira (25), com ações do setor como um todo na ponta negativa do Ibovespa. IGUATEMI UNIT caiu 5,04% e ALLOS ON perdeu 4,91%.

– AZUL PN fechou em queda de 3,86%, a R$ 9,22. De acordo com reportagem publicada pelo Valor Econômico, citando declaração do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará na sexta-feira (26) em São Paulo do anúncio de compra de novos aviões da Embraer pela companhia aérea. EMBRAER ON subiu 2,68%.

– MAGAZINE LUIZA ON caiu 2,80%, a R$ 1,39, um dia após assembleia de acionistas da companhia aprovar o grupamento de ações na proporção de 10 para 1. No setor, CASAS BAHIA ON perdeu 2,82%.

– ASSAÍ ON recuou 3,34%, a R$ 13,31, mesmo após o varejista alimentar reportar na quarta-feira um aumento de 19,2% no lucro líquido do primeiro trimestre na base anual, para R$ 93 milhões, com receita mais alta beneficiada por um número maior de lojas e aceleração das vendas mesmas lojas.

– KLABIN UNIT terminou em baixa de 1,40%, a R$ 23,25, após mostrar lucro líquido de R$ 460 milhões de janeiro ao final de março, queda de 64% sobre o desempenho de um ano antes, abaixo das previsões de analistas.

Fonte: Forbes Brasil

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