MP cobra explicações do governo de SP sobre uso do ChatGPT para criação de aulas
A decisão do governo de São Paulo de utilizar o ChatGPT, da OpenAI, na criação de aulas virtuais em escolas da rede estadual gerou polêmica.
Por Adeilson em 22/04/2024 às 14:27:15
A decisão do governo de São Paulo de utilizar o ChatGPT, da OpenAI, na criação de aulas virtuais em escolas da rede estadual gerou polêmica. O Ministério Público de São Paulo questionou a Secretaria de Educação do estado sobre a proposta.
MP quer explicações sobre uso do ChatGPT para criar aulas
O MP quer saber como e em quais materiais a tecnologia será empregada, detalhes de seu funcionamento e se alguma empresa foi contratada para prestar esse serviço. O órgão ainda cobra pesquisas e dados que sustentem a decisão.
O Ministério Público de São Paulo ainda quer que seja informado o "número de computadores e tabletes disponíveis em cada unidade escolar da rede de ensino estadual, assim como a proporção de alunos por equipamento e por escola". Por fim, a Secretaria de Educação deve relatar se foram editados atos administrativos com a finalidade de orientar o uso dessas tecnologias.
O governo de São Paulo não se pronunciou oficialmente sobre os questionamentos feitos pelo MP até agora. As informações são da Exame.
A proposta do governo de SP
Hoje, o material didático é produzido por professores curriculistas (especialistas na elaboração desse tipo de conteúdo).
Com a mudança proposta pelo governo, esses profissionais passarão a "avaliar a aula gerada [pela inteligência artificial] e realizar os ajustes necessários para que ela se adeque aos padrões pedagógicos".
A orientação enviada aos docentes afirma que a ferramenta de IA vai gerar a "primeira versão da aula com base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria".
Os professores serão responsáveis por editar o material e encaminhar para uma equipe interna da secretaria, que fará a revisão final de aspectos linguísticos e formatação.
O uso do ChatGPT está prevista para o terceiro bimestre dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e do ensino médio.
O objetivo é agilizar a produção do material didático que é usado pelos 3,5 milhões de alunos da rede estadual paulista.
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