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Hematologista do Hemoal orienta como identificar a hemofilia; confira as dicas

Por Redação em 05/01/2021 às 15:16:47
 Carla Cleto

Carla Cleto

Quem já levou um corte pode perceber que, segundos depois, o sangramento tende a paralisar, em decorrência de proteínas que entram em ação e estancam o sangue, desencadeando a coagulação. Por outro lado, uma a cada 10 mil pessoas nasce com um distúrbio no organismo, que acarreta a falta de proteínas responsáveis pela coagulação, o que ocasiona a doença hereditária denominada de hemofilia, que é genética e cujos sinais aparecem quando os bebês começam a andar e sofrem pequenos traumas, aparecendo hematomas no corpo. Essas manchas representam um sinal de alerta para os pais, que devem procurar assistência médica para que o caso seja examinado, segundo orienta Verônica Guedes, hematologista do Hemocentro de Alagoas (Hemoal), referência estadual para o diagnóstico e acompanhamento multidisciplinar dos pacientes com hemofilia, cujo dia nacional ocorre nesta segunda-feira (4).

Mas, além das manchas, a hematologista do Hemoal recomenda que sejam observados sintomas como a perda de sangue excessiva, quando comparado com a gravidade do ferimento; perdas de sangue espontâneas nas articulações, como nos joelhos, músculos ou em outros tecidos, que acabam provocando dor e dificuldade de movimentação; e perdas de sangue frequentes e excessivas nas mucosas do nariz e boca. Essas situações ocorrem ao engatinhar ou ao realizar pequenas atividades e representam sinais de alerta, principalmente na infância, onde os pais devem informar o pediatra, que irá encaminhar a criança para uma avaliação hematológica, onde serão realizados exames de sangue para averiguar a Coagulação Sanguínea e os Níveis de Fatores de Coagulação

Hemoal é referência em Alagoas para a assistência hematológica a pacientes com hemofilia

"Apesar de analisar esses sintomas, é importante que os pais se informem sobre a ocorrência do registro de pessoas na família acometidas pela hemofilia, uma vez que a doença é hereditária. Mas, caso não existam parentes de primeiro grau com a patologia, os sintomas devem ser investigados e um especialista deve ser procurado, bem como, devem ser realizados exames de diagnóstico, uma vez que, mesmo sem cura, a hemofilia pode ser tratada e as pessoas acometidas pela doença podem levar uma vida normal, recebendo a assistência multiprofissional que o Hemoal oferece, por ser referência em Alagoas para o diagnóstico e assistência multidisciplinar", ressaltou Verônica Guedes, que além de hematologista, é gerente do hemocentro alagoano.

A especialista do Hemoal esclarece que a hemofilia é transmitida através dos genes dos pais para os filhos, mas, cerca de 30% dos casos ocorrem sem histórico familiar prévio, que pode se desencadear no momento da concepção, em razão de uma falha cromossômica. "Situação que pode se dar em três casos, sendo o primeiro deles, se uma mulher saudável tiver um filho com um homem com hemofilia. Na segunda possibilidade, a criança pode nascer com hemofilia, caso um homem saudável tenha um filho com uma mulher portadora do gene da hemofilia ou, ainda, se um homem com hemofilia tiver um filho com uma mulher portadora do gene da doença. Realidade que pode ser evitada, mas, para isso, é necessário que o casal, antes da concepção, realize o aconselhamento genético, o que pouquíssimas pessoas costumam atentar", explica Verônica Guedes.

Pacientes com hemofilia têm assistência multiprofissional disponibilizada pelo Hemoal

Tratamento – A hematologista esclarece que, basicamente, o tratamento para pacientes com hemofilia ocorre por meio da terapia de reposição de Fator de Coagulação, disponibilizado pelo Ministério da Saúde (MS) e que tem o objetivo de prevenir hemorragias. Conforme Verônica Guedes, existem dois tipos de hemofilia, sendo a A, quando há deficiência do Fator de Coagulação VIII e a B, quando ocorre deficiência do Fator de Coagulação IX. Por isso, a importância de ser acompanhado no Hemoal, que além de assegurar um hematologista, para monitorar e prescrever a conduta médica correta, através do Programa de Coagulopatiasweb, o portador de hemofilia também recebe assistência de uma equipe multidisciplinar, formada por um fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, odontólogo e pelas equipes do Serviço Social e de Enfermagem.

"Mas, o papel da família é primordial para que o hemofílico possa levar uma vida normal, uma vez que a doença não tem cura, mas, é possível conviver com ela sem maiores danos. Para isso, é necessário que sejam adotados cuidados para deixar a casa mais segura e diminuir a probabilidade de acidentes. Com isso, cantoneiras, cantos acolchoados e até mesmo pisos emborrachados podem ajudar a criança, especialmente quando ela estiver dando os primeiros passos e adquirindo as habilidades motoras. Também é necessário praticar atividades físicas de baixo impacto e estimular a musculatura, sempre sob a supervisão da equipe multiprofissional do Hemoal", ressaltou Verônica Guedes, ao informar que em Alagoas existem 253 hemofílicos diagnosticados, sendo 209 portadores da hemofilia A e 44 da B, que são assistidos pelo Hemoal nas Unidades Maceió e Arapiraca.

*Assessoria

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