Segundo estimativas do Ministério da Saúde, o Brasil caminha para um recorde de casos de dengue em 2024, podendo alcançar os 4,2 milhões de pessoas infectadas — quase o triplo do que foi registrado ano passado. A previsão corrobora com o alerta de especialistas, que apontam que o pior ainda está por vir.
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Quanto maior o período de calor e chuva, maior a chance de estender o período de maior incidência de dengue por conta da maior facilidade que o mosquito tem de reproduzir. Isso tem correlação direta com mudanças climáticas.
Infectologista Alexandre Naime ao G1.
Até agora, o Brasil conta com mais de 740 mil casos prováveis de dengue, um aumento de quase 350% em relação ao mesmo período ano passado. Além disso, já são 151 mortes confirmadas e 501 sob investigação. Importante lembrar que nos dois últimos anos o país bateu recorde de mortes, ultrapassando os mil óbitos pela doença.
A dengue possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, e todos podem causar diferentes formas da doença, ou seja, uma pessoa pode ter um tipo diferente de dengue quatro vezes na vida — sem mencionar as reinfecções, geralmente mais graves.
Os tipos 1 e 2 são mais circulantes, no entanto, 2024 está vivendo o retorno da dengue tipo 3 e tipo 4, sorotipos mais virulentos, o que explica a explosão de casos e a preocupação de especialistas, já que parte da população não tem anticorpos contra esses tipos — extintos por aqui há mais de 10 anos (por isso a preocupação em vacinar crianças e adolescentes).
Segundo o Centro de Operações de Emergências do governo federal, cinco estados (AC, GO, MG, ES e RJ) e o DF já declararam emergência em saúde pública devido à dengue. Alguns especialistas indicam medidas para se proteger, entre elas, o uso do repelente. Confira detalhes aqui!
Fonte: Olhardigital