Anunciadas como 'definitivas' pela prefeitura de Maceió, as obras de contenção do mar recentemente concluídas não resistiram à força da natureza. No ano passado, o município investiu R$ 30 milhões em uma nova tecnologia para conter o avanço da maré. A promessa era de que essas estruturas ofereceriam uma solução permanente para o problema. No entanto, menos de 12 meses após sua conclusão, pelo menos uma das áreas onde a obra foi realizada, na praia de Jatiúca, já apresenta danos causados pela força do mar.
Iniciada em março do ano passado, a obra de contenção do mar na orla da praia de Jatiúca enfrentou desafios imprevistos nos últimos dias, quando ventos fortes e marés altas parcialmente destruíram sua estrutura. Apesar das garantias da prefeitura de Maceió de que a tecnologia utilizada teria uma durabilidade de 200 anos, os danos surgiram em menos de um ano.
Em janeiro de 2023, o prefeito JHC vistoriou as obras e anunciou que Maceió seria a primeira capital do Brasil a utilizar blocos para conter definitivamente o avanço da maré. Segundo ele, essa tecnologia já provou ser eficaz em muitas obras pelo país. No entanto, apesar do investimento em blocos e anéis pré-moldados modulares de origem holandesa, que deveriam proteger a ciclovia, o passeio e as vias, os resultados não foram os esperados.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) iniciou a instalação de pranchas metálicas de contenção em março de 2023, como parte do processo de contenção definitiva do mar naquela região da orla. Entretanto, mesmo com essas medidas adicionais, um dos trechos que recebeu os serviços de contenção do mar na Jatiúca já concluídos foi completamente danificado pela força das marés. Como resultado, a área de passagem dos pedestres e a ciclovia estão agora danificadas, prejudicando quem frequenta a região.
Um comerciante local expressou sua frustração, afirmando que a situação dificulta a passagem das pessoas e enfatizou que a obra não alcançou os resultados desejados. "No mês passado, já houve danos, mas nos últimos dias, a maré veio e causou estragos ainda maiores. Foi uma obra malfeita", lamentou o comerciante, que trabalha há 7 anos no local.
Fonte: Redação com assessoria