Os últimos anos foram desafiadores para a maioria dos CEOs brasileiros. Não se recorda? Olha só essa lista:
Esses são fatores estressantes e conturbados que duraram muito mais tempo do que imaginávamos. No entanto, é diante desses desafios que vemos as empresas se reinventarem para ser tornar mais competitivas no mercado. Com as big techs, não pode ser diferente.
Há muitas oportunidades disponíveis, muitos mercados para serem alcançados e mudanças profundas que as companhias podem fazer para se manterem firmes — mesmo diante das adversidades. Afinal, essa não é a primeira e nem a última vez que precisaremos atravessar uma maré mais conturbada.
Lembro-me que começamos um negócio em tempos difíceis e também vi outras empresas fazerem o mesmo e conseguirem destaque.
E quem não conhece a história da Apple, uma das big techs mais relevantes? Na década de 1990, a empresa passou por uma grande dificuldade ao lançar produtos que não conquistavam o mercado. Prestes a falir, chamaram Steve Jobs para retornar à empresa como CEO. Ele conseguiu alguns investimentos e trouxe lançamentos que fizeram toda a diferença, como o iMac e o iPhone.
Outro exemplo é a Lego. A marca famosa pelas peças de montar viu seu negócio desmoronar quando as crianças começaram a preferir vídeos e outros jogos. A empresa passou quase uma década sofrendo com essa situação, até que resolveu se reinventar. Lançou jogos mais atuais, inclusive digitais, e passou a produzir brinquedos relacionados a filmes, como Star Wars e Harry Potter.
Ambas as empresas precisavam de um elemento novo para sair da crise que enfrentavam. Tanto a Apple quanto a Lego tinham que se reinventar, caso contrário estariam fadadas ao fracasso. As duas não tomaram as decisões logo que se depararam com a crise. Precisaram de tempo, paciência, resiliência e visão de negócios. Mas quando perceberam que podiam continuar atuantes no mercado a partir de uma nova ideia, não ousaram em investir tudo o que tinham. E este é um aprendizado importante para as empresas brasileiras que quiserem atravessar esses tempos de crise oferecendo seus produtos e serviços: muitas vezes o segredo está em olhar o mercado e o negócio por meio de outra lente, a da inovação.
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Estamos observando os diversos acontecimentos com as big techs, as grandes empresas de tecnologia do mundo. Elas enfrentam uma crise financeira, que resultou em demissões em massa, desvalorização acionária e prejuízos recordes. Embora as perdas sejam imensas, não estamos falando de uma crise profunda, e sim de companhias que durante a pandemia fizeram altos investimentos.
Elas ofereceram serviços de ponta e em curto espaço de tempo para todos que estavam confinados. De repente, tudo o que a humanidade precisava fazer a partir do computador estava disponível, como aulas, compras, comida, entretenimento, entre outras coisas. Tudo a partir de uma tela. Entretanto, esse momento se foi e novamente essas empresas precisam se adaptar.
Sem sombra de dúvidas, Apple, Microsoft, Meta, Amazon e Google não correm o risco de falir e nem estão preocupadas com isso. Elas sabem que precisam atualizar seus produtos e serviços com uma realidade pós-pandemia, mas trazer esse equilíbrio pode ser doloroso e também custoso. E enquanto houver ajustes, ainda veremos as big techs passarem por momentos desafiadores.
Crescer, mudar, fazer investimentos, são necessidades de todas as companhias e é claro que isso pode gerar riscos.
Do mesmo modo que as big techs vêm enfrentando esse período, outras empresas também sentem o peso de lidar com um momento tão desfavorável. Se reinventar, reestruturar e repensar os próximos passos para manter o negócio competitivo no mercado são tarefas que exigem muito dos líderes, já que é necessário olhar para todos os caminhos que se tem pela frente, escolher um, seguir e fazer de tudo para que dê certo.
O resultado nem sempre será aquele que esperávamos ou talvez ele nos surpreenda. Apesar do cenário difícil que teremos ao longo desse ano, ainda há muitas oportunidades pela frente. A história mostra que acreditar na cultura construída ao longo do tempo e traçar um plano para atravessar os momentos difíceis, efetuando as correções de rota que se fizerem necessárias, é o segredo das empresas mais longevas. Inovação, análise de risco e trabalho duro costumam ser recompensados pelo mercado.
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Fonte: Olhardigital