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Após cobrança do MP, AL inicia estudo para implantar câmeras em fardamento de PMs

Assunto foi pauta de uma reunião realizada na última semana, na Secretaria de Segurança Pública, após uma advogada acusar PMs de agressão

Por Redação em 03/08/2022 às 10:56:29
Reprodução/Gazetaweb

Reprodução/Gazetaweb

A implantação de câmeras de monitoramento no fardamento dos policiais militares em Alagoas (bodycam) pode começar a sair do campo das ideias e ganhar forma. O assunto foi pauta de uma reunião realizada na última semana na Secretaria de Segurança Pública (SSP/AL), após uma advogada acusar PMs de agressão.

A discussão sobre essa temática é antiga e vem sendo cobrada pelo promotor de justiça de Alagoas, Magno Alexandre Ferreira Moura, da 40ª Promotoria de Justiça da Capital.

No encontro, foi definida a criação de uma comissão que irá realizar estudos técnicos, orçamentários e logísticos para viabilizar os equipamentos e apresentar à SSP/AL.

Segundo o representante do Ministério Público Estadual, que também ocupa o cargo de presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, a comissão será composta ainda pela Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh), Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL), Polícia Militar, Secretaria de Segurança Pública e Conselho de Segurança.

Alguns estados, a exemplo de São Paulo e Santa Catarina, já adotaram esse mecanismo que serve para resguardar cidadãos e agentes da segurança.

E essa experiência foi conhecida de perto pelo promotor de Justiça de Alagoas, Magno Alexandre. No estado da Região Sudeste, as câmeras corporais não podem ser desligadas pelos PMs e são controladas à distância, com transmissão em tempo real.

Por meio delas, os comandantes podem acompanhar as ocorrências em diferentes regiões do estado e o dia a dia de trabalho das equipes fica registrado, com as gravações sendo armazenadas em nuvem, e colocadas à disposição da Justiça, casos solicitadas.

As imagens também servem para aperfeiçoamento do trabalho do policial militar, para as devidas orientações por seus oficiais superiores que podem fazer observações para o aperfeiçoamento da técnica policial.

"Vivemos essa luta desde 2019, num processo de convencimento junto à Segurança Pública de Alagoas. Ano passado, na visita técnica realizada em São Paulo observamos essa implantação, conversamos com os agentes no estado e percebemos como é um mecanismo de sucesso. Precisamos analisar que isso é uma forma de proteção do policial, que demonstrará seguir os protocolos corretos nas abordagens, e do cidadão. Somente os maus policiais que podem ficar receosos com a implantação do monitoramento. Não é vigiar o objetivo, mas garantir princípios importantes da Constituição Federal como legalidade, moralidade e transparência", opina o promotor.

O MP tem um procedimento administrativo aberto, através da 40ª Promotoria de Justiça da Capital, que acompanha a implementação das câmeras por parte das forças de segurança do Estado.

Segundo o promotor, Alagoas passaria a ser o 1º Estado do Nordeste a implementar as câmeras na indumentária dos policiais, o que ajudaria a própria instituição a aperfeiçoar seu trabalho de segurança Pública e a desafogar a corregedoria Geral da PMAL, com as dúvidas sendo tiradas com as imagens para verificar se teria justa causa para instauração de procedimentos contra o policial.

"Para se ter noção, atualmente existem mais de 500 procedimentos instaurados para investigar militares e outros 500 que devem ser abertos. Quantos desses poderiam ser considerados nulos se existisse o monitoramento e fosse constatado que o agente de segurança agiu de acordo com o que preconiza a lei? ", questiona Magno Alexandre.

O promotor alerta ainda a importância da transparência e publicidade no processo de diálogos para que se sensibilize sobre a importância e necessidade de uso das câmeras.

"São situações como a que aconteceu com a advogada que poderiam ser dirimidas com o uso das câmeras, porque as imagens oficiais divulgariam e demonstraria o que aconteceu e certamente uma imagem fala mais que as palavras consignadas no papel", diz o promotor.

Apesar do alto custo, Magno Alexandre afirma que Alagoas pode iniciar com um projeto piloto, escolhendo batalhões que sejam polêmicos em atuações e que atuem nas periferias. Dessa forma, a implantação ocorreria de maneira gradativa.

"Esse é um pontapé inicial e acredito que com um estudo sobre custos e formas de implementação, vamos viabilizar esse novo mecanismo para auxiliar a segurança pública do estado", finalizou. Quem também se posiciona favorável ao uso das BodyCams nas forças de segurança pública é a OAB Alagoas.

PRIORIDADES

Alagoas está entre os estados menos letais do País quando se trata de violência envolvendo policiais militares. Quem afirma é o Secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva.

"Se a letalidade for o argumento então não precisaríamos das bodycams. Elas são importantes sim, mas outras medidas podem ser adotadas no estado e com um custo ainda menor. Seriam viabilizadas pelo Estado de forma mais rápida", disse Saraiva.

Fonte: Gazetaweb

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