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Mudanças climáticas devem forçar como tempo é cronometrado; entenda

Como não é segredo para ninguém, a cada segundo, a Terra vem sofrendo com as mudanças climáticas, como o aquecimento global.


Como não é segredo para ninguém, a cada segundo, a Terra vem sofrendo com as mudanças climáticas, como o aquecimento global. Agora, esse perigo para o planeta e a humanidade pode afetar algo vital para nossas vidas: a cronometragem global do tempo.

O problema vai afetar absolutamente tudo, desde computadores em geral ao mercado financeiro – a menos que façamos algo.

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Terra, mudanças climáticas e sua implicação na cronometragem do tempo

O problema é que mais perturbações estão surgindo, podendo interferir cada vez mais na velocidade de rotação da Terra e criar caos na cronometragem global do tempo.

Duncan Carr Agnew, geofísico do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia em San Diego, estudou a rotação do planeta e como ela vem sendo impactada pelo derretimento das calotas de gelo polares.

As mudanças climáticas vêm causando vários estragos ao nosso planeta e à nossa existência. Uma das principais mudanças negativas tem relação com o derretimento das calotas polares da Groenlândia e da Antártida.

A forma como estão derretendo, além de aumentar o nível dos oceanos, também vem mudando o formato da Terra e sua velocidade angular de maneira mais rápida do que anteriormente.

Imagem: jaya diudara80/ Shutterstock

Agnew acredita que, graças à desaceleração da rotação terrestre, o UTC precisará receber um segundo bissexto negativo (um minuto que, ao invés de ter 60 segundos, tem 59) em meados de 2029. Ele publicou seu estudo na Nature.

Até alguns anos, a expectativa era de que os segundos bissextos seriam sempre positivos e aconteceriam cada vez com mais frequência. Mas, se você observar as mudanças na rotação da Terra, razão dos segundos bissextos, e analisar o que causa essas alterações, parece que uma mudança negativa é bastante provável. Um segundo não parece muito, mas, no mundo interconectado de hoje, errar a hora pode levar a enormes problemas.

Duncan Carr Agnew, geofísico do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia em San Diego, em comunicado

Independente das alterações climáticas, é possível que as alterações no núcleo líquido da Terra possam ter exigido um segundo bissexto negativo até 2026. Mas os cálculos de Agnew apontam que as mudanças na massa de gelo polar atrasaram a adição em até três anos, indo até 2029. Ou seja: as mudanças climáticas já estão afetando a cronometragem global.

Riscos de não adicionar o segundo bissexto negativo

Caso o segundo bissexto negativo não for adicionado, pode ser que a cronometragem global do tempo se dessincronize, o que causaria grandes interrupções nos sistemas de computadores e de telecomunicações (lembra do famoso Bug do Milênio que assustou a todos em 2000? Pois bem… dessa vez, pode não ser apenas um susto que não se concretizou).

Um segundo bissexto negativo nunca foi adicionado ou testado, portanto, os problemas que ele poderia criar não têm precedentes. Metrologistas de todo o mundo estão acompanhando atentamente o desenrolar da discussão, com o objetivo de evitar quaisquer riscos desnecessários.

Dra. Patrizia Tavella, Diretora do Departamento de Tempo do Bureau Internacional de Pesos e Medidas, em artigo sobre o estudo

Tavella comentou ainda que a tarefa de inserir o segundo bissexto negativo – e coordenar o esforço ao nível mundial – seria "formidável".

Olhardigital

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