Segundo presidente, trânsito de mercadorias seguirá liberado. Presidente Jair Bolsonaro durante entrevista à imprensa na portaria do Palácio da AlvoradaReprodução/Redes sociaisO presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (17) o fechamento parcial da fronteira do Brasil com a Venezuela, em Roraima. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União no início da madrugada desta quarta (18).Ao conceder uma entrevista à imprensa na portaria do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, Bolsonaro informou que a medida irá prever que o tráfego de mercadorias continuará liberado."Eu não quero criticar nenhum governador, alguns estão tomando medidas positivas, outros, no meu entender, estão se excedendo. Publica no 'Diário Oficial da União' de amanhã a questão de fechar em especial a fronteira da Venezuela, que é a mais sensível. Agora, alguns acham que a palavra 'fechar fronteira' é uma palavra mágica. Se a gente tivesse poder de fechar a fronteira como muitos pensam, não teria entrada de arma nem de droga no Brasil. Temos 17 mil quilômetros de fronteira", afirmou o presidente."Não é um fechamento total. O tráfego de mercadorias vai continuar acontecendo. Porque separa Roraima. Se você fecha o tráfego com a Venezuela, a economia de Roraima desanca. A mesma coisa a Venezuela em parte também tem esse tráfego de mercadorias conosco. Não tem como tomar medidas radicais. Não vai dar certo", acrescentou Bolsonaro.Venezuela tem 33 casos de coronavírus; Maduro impõe quarentenaAinda na entrevista, o presidente reafirmou o que tem dito, que não se pode ter "histeria" em razão da pandemia do novo coronavírus.Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus se espalhou por diversos continentes. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são 290 casos confirmados e 8.819 suspeitos."Não pode ter histeria, é isso o que sempre preguei. Se for para a histeria, fica todo mundo maluco. As consequências serão as piores possíveis. Em alguns países já têm saques acontecendo, isso pode vir para o Brasil. Pode ter aproveitamento político disso, mas a gente não quer pensar nisso daí, mas tem que ter calma. Vai passar. Desculpa aqui. É como uma gravidez, um dia vai nascer a criança. O vírus ia chegar aqui um dia e acabou chegando", declarou Bolsonaro.Entrevistas à imprensaAo falar com a imprensa no Alvorada, Bolsonaro informou que nesta quarta concederá uma entrevista coletiva com todos os ministros, no Palácio do Planalto, para explicar as medidas adotadas pelo governo para conter o avanço do coronavírus no país.Segundo o presidente, à noite, haverá uma outra entrevista coletiva, com os chefes dos três poderes, para demonstrar que eles estão "unidos"."A minha mensagem é para que não se apavore. Nós vamos ter que passar por essa onda. Agora, se o pânico chegar no meio da população, tudo fica pior. Nós estamos preocupados com a questão humanitária, de vidas, mas também com a questão econômica", afirmou o presidente.
G1