Diariamente, vemos notícias sobre inteligência artificial (IA). Mas essas novidades estão afetando a vida real? Uma pesquisa, liderada pela Universidade de Stanford (EUA) examinou mais de 300 milhões de amostras de texto para descobrir se estamos dependentes da IA para redigir textos.
O principal resultado: um quarto das comunicações profissionais nos Estados Unidos é feita com ajuda de modelos de linguagem de IA.
Os pesquisadores analisaram reclamações de consumidores enviadas ao US Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), órgão extinto pela gestão de Donald Trump, entre janeiro de 2022 (ano do lançamento do ChatGPT) e setembro de 2024.
Isso inclui 537.413 comunicados de imprensa corporativos, 304,3 milhões de ofertas de emprego e 15.919 comunicados de imprensa da Organização das Nações Unidas (ONU).
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O estudo destaca que o resultado contradiz os padrões típicos de adoção de tecnologia, onde populações mais educadas adotam novas ferramentas mais rapidamente. Além disso, a pesquisa, provavelmente, representa nível mínimo de uso de inteligência artificial, já que as métricas para detecção desse tipo de material ainda são pouco sofisticadas.
“A dependência excessiva de IA pode resultar em mensagens que não abordam preocupações ou, em geral, divulgam informações menos confiáveis ââexternamente. A dependência excessiva de IA também pode introduzir desconfiança pública na autenticidade das mensagens enviadas por empresas”, alertam os pesquisadores.
Fonte: Olhardigital