Elon Musk, o homem mais rico do mundo, tornou-se peça-chave no governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Seu império empresarial enfrenta bilhões em contratos públicos, investigações e mudanças políticas. Com a nova administração desmantelando agências e removendo reguladores, Musk se beneficia diretamente. SpaceX, Tesla e Neuralink operam agora em um cenário mais favorável.
Segundo reportagem do The New York Times, que analisou documentos e entrevistas com ex-funcionários do governo, pelo menos 11 agências afetadas por mudanças recentes mantêm 32 investigações em andamento contra as seis empresas de Musk.
Em poucas semanas, mostra a reportagem, o presidente promoveu mudanças que enfraqueceram a fiscalização sobre as empresas do bilionário. Além disso, altos funcionários foram demitidos, servidores responsáveis por processos e investigações deixaram seus cargos e órgãos reguladores passaram a ser comandados por aliados republicanos.
Especialistas ouvidos pelo jornal alertam que, com a nova configuração política, muitas dessas ações podem ser arquivadas ou enfraquecidas, consolidando o bilionário como um dos principais beneficiados pelas mudanças no governo.
Musk administra seis empresas, entre elas a Tesla, a única de capital aberto. Ele também fundou a SpaceX, a startup de inteligência artificial xAI, a Boring Company, focada na construção de túneis, e a Neuralink, que desenvolve interfaces cérebro-computador — todas privadas. Da mesma forma, ele controla a plataforma X, antes chamada Twitter.
Nos últimos cinco anos, suas empresas assinaram contratos que somam US$ 13 bilhões, e a SpaceX ficou com a maior parte desse valor. Agora, durante o governo Trump, surgem discussões sobre expandir ainda mais esses acordos, especialmente no setor militar, com a Força Aérea.
Enquanto Musk amplia sua presença no governo, sua influência levanta preocupações. Parlamentares democratas e especialistas em ética alertam que nunca um executivo com tantas pendências regulatórias e contratos públicos acumulou tanto poder sobre o funcionamento do governo federal.
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As demissões promovidas por Trump nas agências trabalhistas enfraqueceram a fiscalização sobre empresas, incluindo as de Musk. Sem quórum no Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) e na Comissão de Igualdade de Oportunidades no Emprego (EEOC), investigações foram paralisadas, dificultando punições.
O NLRB investiga as demissões em massa no X, antigo Twitter, e o monitoramento ilegal de funcionários. No entanto, sem um conselho completo, o caso pode não avançar. Se Trump nomear aliados, a tendência é de um órgão mais favorável às empresas.
A Tesla também enfrenta uma ação por assédio racial. A EEOC rejeitou arquivar o processo, mas mudanças na agência sob Trump podem favorecer a empresa. Advogados temem que a nova composição reduza a fiscalização e enfraqueça a proteção aos trabalhadores.
Fonte: Olhardigital
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