Programa do governo para facilitar o acesso de aposentados à passagens aéreas, o programa Voa Brasil alcançou a marca de 28.500 voos reservados em seis meses, apontam dados divulgados pelo Ministério de Portos e Energia nesta terça-feira, 4. O mês de janeiro teve recorde de reservas, com 5.308 bilhetes, quantia 15% melhor que o recorde anterior, registrado em agosto, logo após o lançamento do programa.
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Através do Voa Brasil, é possível comprar passagens por apenas R$ 200. O total de voos reservados nestes seis meses seria suficiente para lotar 220 aeronaves. Os beneficiários do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que aproveitaram o programa partiram de 77 cidades distintas. Os principais destinos foram concentrados nas regiões sudeste (77%) e nordeste (40,5%).
O programa Voa Brasil foi concebido de forma a não depender de subsídios diretos do governo, baseando-se em acordos com as empresas aéreas, que disponibilizam assentos ociosos – ou seja, aqueles que não são vendidos, especialmente durante períodos de baixa temporada. Dessa forma, a disponibilidade de passagens está diretamente ligada às decisões das próprias companhias aéreas.
De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a taxa média histórica de assentos ociosos é de 20%. No entanto, esse percentual pode variar significativamente dependendo da rota em questão.
"O Voa Brasil é um programa de inserção social, sem qualquer subsídio do governo, destinado a pessoas que não viajaram nos últimos 12 meses. Ou seja, quando se analisa os números, estamos incluindo novos passageiros no transporte aéreo, preenchendo assentos que estariam vazios e seriam suficientes para lotar 180 aeronaves", afirma o ministro.
Para ter direito às passagens, é preciso cumprir alguns critérios:
Caso cumpra todos os requisitos, o passageiro deve acessar o site da Voa Brasil neste link e entrar com sua conta Gov.Br. A conta precisa ser nível prata ou ouro. Para quem só tem conta com nível bronze, será preciso fazer o upgrade com a inclusão de dados pessoais e reconhecimento facial. Quem não atender aos critérios não conseguirá fazer o login no Voa Brasil.
A antecedência de oferta vai depender de variantes como destino e origem e da disponibilidade de voos das companhias. O pedido do governo é de que sejam disponibilizados com a maior antecedência possível. Na prática, dependerá da estratégia de cada companhia, que poderá, pelo histórico de ociosidade, decidir antecipar a liberação antecipada. Por exemplo, se para o mês de agosto, a média histórica de ociosidade é de 10%, a companhia pode ofertar parte disso com meses de antecedência.
Não há. O bilhete de volta depende da oferta das companhias. Ou seja, é possível que o beneficiário tenha que comprar a passagem de retorno.
Cada beneficiário terá direito a dois bilhetes aéreos por ano: ida e volta, só ida, ou só volta.
As opções de pagamento são definidas por cada empresa aérea. Quaisquer questões relativas ao pagamento de passagens, tais como parcelamento, falhas no pagamento, pedidos de reembolso, entre outros, devem ser tratadas exclusivamente com a companhia aérea emissora das passagens.
O parcelamento depende das opções oferecidas pela companhia aérea no momento do pagamento.
Não, o benefício é pessoal e intransferível, exclusivo para o beneficiário identificado.
Sim. Embora a reserva deva ser feita em nome do beneficiário, o pagamento pode ser feito por terceiros, por exemplo, utilizando um cartão de crédito de outra pessoa.
O ministério alerta que o domínio do Gov.br é o único com garantia de proteção dos dados pessoais. "Quando receber algum conteúdo referente ao Voa Brasil com links, evite clicar. Entre no site oficial do programa ou acesse por meio do seu login no Gov.br", informa a pasta.
Para mais informações, acesse o site do programa.
Fonte: ISTO É DINHEIRO