Um grupo de pesquisadores descobriu o corpo de um homem que foi enterrado em uma caverna no norte da África há cerca de 15 mil anos. O que surpreendeu a equipe, no entanto, foi que os restos mortais estavam ao lado de uma planta usada até hoje em alguns medicamentos tradicionais.
Segundo os cientistas, essa é a evidência mais antiga conhecida do uso desta planta por humanos. A descoberta pode ajudar a revelar alguns mistérios sobre as práticas funerárias e da medicina pré-histórica.
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Os pesquisadores explicaram que a planta tem muitos benefícios para a saúde, como o tratamento de resfriados e doenças respiratórias. Também tem a capacidade de aumentar a energia e ajudar na perda de peso. Um de seus principais ingredientes ativos é a efedrina, um estimulante frequentemente usado para prevenir a pressão arterial baixa durante a anestesia, bem como para tratar asma, narcolepsia e obesidade.
Dada a ampla gama de usos potenciais, os pesquisadores não sabem ao certo por que o homem foi enterrado com restos carbonizados da planta. Uma das possibilidades é que ela tenha sido utilizada como alimento, uma vez que reduz a fome. A efedrina também é um vasoconstritor e poderia ter sido empregada para reduzir a quantidade de perda de sangue, indicando o uso da planta para auxiliar a recuperação de ferimentos, por exemplo.
Os pesquisadores reconhecem que nunca irão descobrir quais foram as reais intenções do uso da planta pelas pessoas que viveram há 15 mil anos. No entanto, enfatizam que é claro que essa planta “incomum e especial” foi consumida em um contexto funerário, sugerindo que eles entenderam seu significado e propriedades diferenciadas.
Fonte: Olhardigital