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A quinta-feira (07), que será marcada pela definição de juros nos Estados Unidos, começa com uma série de variáveis a serem digeridas pelos investidores.
Além da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, o Copom anunciou ontem a elevação da Selic em 0,5 ponto percentual, a 11,25% ao ano.
O comunicado trouxe um tom mais duro com relação às questões fiscais, cobrando que o governo apresente um plano crível para o Orçamento.
Além dos acontecimentos macroeconômicos e geopolíticos, a temporada de balanços do terceiro trimestre ainda está em andamento. Para hoje, são esperados os números da Petrobras (PETR4), a segunda maior empresa do Ibovespa.
Por volta das 10h35, o Ibovespa avançava cerca de 0,40%, aos 130.858 pontos. O dólar à vista recua 0,46%, aos R$ 5,6477.
Na noite de ontem, o BC decidiu por unanimidade acelerar o ritmo de ajuste da Selic, elevando a taxa básica de juros para 11,25% ao ano. Apesar de o comunicado ter vindo muito parecido com as decisões anteriores, o BC reforçou a necessidade de previsibilidade nas contas públicas para ancorar as expectativas de inflação e reduzir o prêmio de risco sobre o câmbio.
O recado é dado em meio a uma articulação do governo para apresentar um novo pacote de contenção de gastos. Apesar das informações desencontradas entre o ministro da Fazenda e o presidente Lula, a expectativa é que o anúncio aconteça nos próximos dias.
Apesar de ainda desconhecido, a notícia sobre a discussão e empenho do Executivo em elaborar um plano tem acalmado os mercados nos últimos dias.
Nesta tarde, o Federal Reserve anunciará a sua decisão de juros. Ao contrário do que ocorre tradicionalmente, ela será feita na quinta-feira por conta das eleições presidenciais da última terça-feira nos EUA.
O consenso do mercado é de que o Fed cortará os juros em 0,25 p.p, mas há dúvidas sobre a continuidade do ciclo de cortes após dados mistos da economia americana e a vitória de Trump, candidato com uma plataforma de governo que tende a gerar uma onda inflacionária.
Ontem, as bolsas americanas renovaram suas máximas históricas após a vitória de Trump. As bolsas em Wall Street acordam ainda em alta, mas com um avanço mais moderado do que o observado na véspera.
Fonte: Forbes Brasil