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A Ambev apurou lucro líquido ajustado de R$ 3,58 bilhões no terceiro trimestre, queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado, em resultado afetado em parte por aumento de despesas de imposto de renda no Brasil, segundo dados divulgados pela fabricante de bebidas nesta quinta-feira (31).
A despesa de imposto de renda e contribuição social saltou para R$ 1,1 bilhão, de R$ 44,7 milhões um ano antes. A alíquota efetiva de impostos passou de 1,1% para 23,9%.
A despesa maior com IR ocorreu em razão da “menor dedutibilidade relacionada a subvenções governamentais e ao JCP” (juros sobre capital próprio), disse a Ambev no material de divulgação do resultado.
Linha de produção da Ambev - Foto: Ambev - DivulgaçãoA receita líquida, porém, teve crescimento orgânico de 4,9%, para R$ 22 bilhões, ajudada pelo crescimento do faturamento líquido por hectolitro de 5,5%. O custo do produto vendido (CPV) subiu 1%, para R$ 11 bilhões. O CPV/hectolitro teve alta de 1,6%, também em termos orgânicos.
“Nosso foco continua sendo entregar mais um ano de crescimento de receita líquida – com um melhor equilíbrio entre volume e ROL/hl, assim como de crescimento do Ebitda e expansão das margens bruta e Ebitda ajustado – conduzida por disciplina de custos e despesas”, afirmou a companhia.
“Continuamos esperando que nosso CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização em Cerveja Brasil – excluindo produtos de marketplace não Ambev – diminua entre 0,5% e 3% no ano”, acrescentou.
O volume total de vendas no terceiro trimestre da Ambev teve queda de 0,6%, afetado pela Argentina. Excluindo esse país, houve alta de 1,3%.
No Brasil, o volume no cresceu 1,3%, com acréscimo de 0,6% em cerveja e de 3,4% em bebidas não-alcoólicas (NAB). Na América Central e Caribe, o volume caiu 0,5%. O desempenho de Argentina e no Canadá pressionaram as performances de América Latina Sul (-7,7%) e no Canadá (-1,4%).
O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado apurou uma expansão orgânica de 8,5%, para R$ 7,1 bilhões, com a margem nessa métrica passando de 32,4% para 32%.
Fonte: Forbes Brasil