A mediana das expectativas do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 oscilou de 4,37% para 4,38%, ainda próxima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, estava em 4,30%. Os dados foram publicados no relatório Focus do Banco Central.
Nos últimos cinco dias úteis, 43 instituições revisaram as estimativas de IPCA de 2024 e, nessa base, a mediana passou de 4,36% para 4,40%. A mediana para o IPCA de 2025 se manteve em 3,97%, de 3,92% um mês antes. Considerando apenas as 43 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 3,86% para 3,92%.
As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta. Para 2026, seguiu em 3,60%, mesmo patamar de um mês antes. Para 2027, seguiu em 3,50% pela 66ª semana consecutiva.
A projeção do dólar para 2025 passou de R$ 5,35 para R$ 5,39. A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.
A mediana do relatório Focus para a alta do PIB de 2025, por sua vez, passou de 1,92% para 1,93%. Quatro semanas antes, estava em 1,90%. Os economistas do mercado não alteraram as projeções de crescimento da economia em 2026 e 2027. Ambas permaneceram em 2,0%, como já estão há 61 e 63 semanas, respectivamente.
Já para a Selic, a estimativa intermediária para o fim de 2025 passou de 11,00% para 10,75%, levando em conta apenas as 39 estimativas atualizadas no período. A mediana para os juros no fim de 2026 continuou em 9,50%, como está há seis semanas. A projeção para o fim de 2027 seguiu em 9,0%, como já está há 20 semanas.O Boletim Focus publicado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 7, trouxe as mesmas previsões da semana passada para o PIB brasileiro, a inflação e a taxa básica de juros do país em 2024.
A mediana das previsões no relatório Focus do Banco Central para a taxa Selic no fim do ano seguiu em 11,75%, consolidando a expectativa do mercado financeiro para o atual ciclo de aperto nos juros, com duas altas de 0,50 ponto porcentual nas duas próximas reuniões do colegiado, em novembro e dezembro.
O mercado manteve também a sua estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 em 3,0%, conforme a mediana do relatório. Já para o dólar, a expectativa para o fim de 2024 permaneceu em R$ 5,40.
Há um mês, a expectativa era de avanço de 2,68% para o PIB, de 11,25% para a Selic e de R$ 5,35 para o dólar ao final de 2024.
Fonte: ISTO É DINHEIRO