Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Nesta terça-feira (1) comemora-se o dia de uma das bebidas mais consumidas no mundo a fora: o café. O Dia Internacional do Café foi criado pela Organização Internacional do Café (OIC) e, neste ano, tem como tema central “Café: seu ritual diário, nossa jornada compartilhada”.
A ideia da data é promover o setor de maneira mais sustentável e justa, com foco na sustentabilidade, no apoio aos cafeicultores, na nutrição de um mercado equilibrado e na satisfação dos consumidores conscientes.
“Quem não gosta de tomar um cafezinho? O café faz parte do cotidiano brasileiro e é de grande importância para a economia do país. Somos o maior produtor e exportador de café do mundo e trabalhamos para que os produtores rurais tenham cada vez mais oportunidades de expandir sua produção, assim como para que os consumidores tenham acesso aos melhores grãos brasileiros”, afirma o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em nota do Ministério da Agricultura e Pecuária.
Reconhecendo a importância do setor cafeeiro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destaca os principais tipos de grão cultivados no Brasil. No país, os principais são o café arábica e o conilon, também conhecido como robusta.
Segundo a Coordenação Geral do Café (CGCAF/Mapa), o arábica (Coffea arabica) é cultivado em regiões de maior altitude e clima mais ameno, sendo apreciado pelo sabor suave, aromático e complexo, com menor teor de cafeína.
Já o conilon é uma variedade da espécie Coffea canephora, assim como o robusta, sendo produzido especialmente no estado de Rondônia. Ambos apresentam características semelhantes, como maior resistência a pragas e condições climáticas adversas. Além disso, de terem um sabor mais intenso e uma maior concentração de cafeína, sendo amplamente utilizados em blends e na produção de café solúvel.
Ainda de acordo com a CGCAF, as lavouras de café ocupam o quarto lugar no ranking das principais culturas agrícolas no Brasil. O país é o maior produtor mundial, com a maior parte da produção concentrada no tipo arábica, que representa cerca de 70% da produção nacional. Os principais estados produtores são Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
O café conilon representa aproximadamente 30% da produção, destacando-se nos estados do Espírito Santo e Rondônia, este último também produtor de robusta. O Brasil também lidera as exportações mundiais de café. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), nos primeiros oito meses deste ano, o Brasil exportou US$ 7,17 bilhões em café, um valor 45% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
Ao todo, foram comercializadas 1,82 milhões de toneladas, um aumento de 43% em relação às 1,27 milhões de toneladas exportadas no ano anterior. As exportações alcançaram 152 países, sendo os principais importadores os Estados Unidos (US$ 1,16 bilhão, equivalente a R$ 6,3 bilhões), Alemanha (US$ 1,01 bilhão ou R$ 5,5 bilhões), Bélgica (US$ 671 milhões) e Itália (US$ 589 milhões).
O café verde é o principal produto exportado, representando cerca de 85% do total, seguido pelo café solúvel, que teve um aumento de 3% no montante exportado em relação ao mesmo período de 2023. O café torrado também se consolidou como uma categoria em crescimento nas exportações.
Em nota, o Governo Federal diz que atua na promoção da cafeicultura brasileira no mercado internacional. Em junho deste ano, durante missão oficial à China, maior importador de diversos produtos agropecuários brasileiros, foram assinados acordos com a maior rede de cafeterias chinesa, a Luckin Coffee, que conta com mais de 16 mil lojas.
O acordo viabiliza a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro pela rede, no valor estimado de US$ 500 milhões.
Outra ação de apoio ao setor, divulgada e conduzida pelo Mapa, é o Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), que visa apoiar financeiramente a cadeia produtiva, direcionando recursos para estocagem, custeio, comercialização, capital de giro e recuperação de cafezais.
O acesso aos recursos se dá por meio de instituições financeiras (bancos e cooperativas de crédito) credenciadas junto ao Fundo. Para a safra 24/25, foram contratados até o momento R$ 5,7 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão já foi efetivamente aplicado.
Fonte: Forbes Brasil