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Adriano Machado/ReutersA Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda elevou a projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,2%. A estimativa anterior era de alta de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
Apesar da previsão de um PIB mais forte neste ano, a Pasta piorou a expectativa para o crescimento da economia em 2025. A estimativa oscilou em baixa, passando de 2,6% para 2,5%. Além disso, a SPE da Fazenda também prevê um nível mais elevada para a inflação à frente.
Segundo a secretaria, o resultado do PIB no segundo trimestre deste ano superior ao esperado elevou o carregamento estatístico para o crescimento de 2024. Ainda assim, na avaliação da Pasta, haverá desaceleração moderada no ritmo de atividade no terceiro trimestre deste ano, em base trimestral.
Ao mesmo tempo, a revisão para baixo no PIB de 2025 reflete “a perspectiva de início de novo ciclo de alta nos juros pelo Banco Central”.
As informações constam em boletim divulgado nesta sexta-feira (13). O documento apontou uma piora na visão do governo para o IPCA, com a projeção de alta indo a 4,25% em 2024. Em julho, a estimativa era de 3,9%. Já a expectativa para o índice oficial de preços ao consumidor brasileiro para 2025 foi ajustado de 3,3% para 3,4%.
Segundo a SPE, o repasse de variações cambiais para a inflação no Brasil tem ocorrido de maneira mais significativa após um período de dois trimestres. Trata-se de um prazo mais longo do que o de um trimestre observado em ciclos econômicos anteriores.
Para a Pasta, ao analisar o período mais curto, de um trimestre após a variação cambial, não se vê impacto significativo sobre a variação de preços livres. Além disso, cálculos da SPE mostram que elevações de cerca de 1% na cotação do dólar em relação ao real geram aumento de 0,03 ponto percentual (pp) na inflação de preços livres após um semestre.
O Ministério da Fazenda incorporou essas estimativas ao projetar uma inflação de 4,25% neste ano. Segundo a secretaria, a desvalorização da moeda brasileira frente à norte-americana contribui para uma alta de 0,16 pp na estimativa do IPCA deste ano.
Para o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, o comportamento recente da taxa de câmbio tem sido bom, após a redução de incertezas nos cenários externo e doméstico. “Várias das incertezas que geraram comportamento um pouco pior do câmbio foram debeladas. Agora vemos exatamente o contrário, uma valorização cambial no Brasil”, disse.
Fonte: Forbes Brasil