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Fecomércio AL aponta crescimento de 0,8% na expectativa do setor com as vendas no varejo

Por Redação em 11/09/2024 às 09:04:53
Reprodução

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Após dois meses de alta, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) apresentou redução e marcou 106,8 pontos, em agosto. Comparado a julho (107,6 pontos), o recuo foi de -0,7%, segundo apontam a pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), por meio do Instituto Fecomércio AL, realizada em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na percepção do empresariado do varejo, houve piora nas condições da economia (-5,9%), do setor (-5,7%) e das empresas (-2,3%), fazendo com que o subindicador Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) tivessem queda de -4,4% na variação mensal e de -8,1%, na anual. "É um subindicador que vem apresentando uma relativa insatisfação geral do empresário com as condições do comércio, seja por conta das incertezas econômicas observadas no Brasil, como juros altos, crédito caro, inadimplência; seja por questões setoriais, como por exemplo, a forte concorrência com as plataformas de e-commerce", analisa Francisco Rosário, assessor econômico da Fecomércio.

Apesar desta percepção atual, quando se fala em Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC), há um otimismo dos empresários com um incremento de 0,8%. "Isto reflete o início do segundo semestre, tradicionalmente uma boa época para as vendas no varejo", explica o economista.

O comportamento do subindicador Intenções de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) reforça este entendimento. Embora na variação mensal só tenha subido 0,1%, seu desempenho global aumentou 6,3% nos últimos três meses (jun-ago) e, seu desmembramento, demonstra uma elevação de 3% nas expectativas para contratação de funcionários e de 1,9% no nível de investimento. Este último, em particular, aumentou pelo terceiro mês seguido, acumulando, desde junho, um crescimento de 7,3%, além de ter apresentado a melhor variação anual, com 12,8%.

Por outro lado, os estoques estão baixos e reduzindo, com uma queda de -5,6% na comparação com julho, mas provavelmente devem sofrer algum ajuste para os próximos meses, já que este desempenho sinaliza a necessidade de recomposição de estoques e preparação para o semestre de mais vendas.

Segmento de bens duráveis continua em alta

De acordo com o levantamento do Instituto Fecomércio AL, o otimismo dos empresários que ofertam bens semiduráveis continuou em elevação e chegou a 121,8 pontos, um incremento de 1,3% comparado aos 119,8 pontos registrados em julho. Já o setor de duráveis quebrou o ritmo de crescimento apresentado desde maio e, em julho, teve redução de -2,9%. Por outro lado, os empresários de bens não-duráveis estão mais satisfeitos com as condições de negócios, o que fez o desempenho deste subindicador subir 0,9%, interrompendo a sequência de quedas iniciadas em maio.

Vale lembrar que semiduráveis são segmentos de vestuário, tecidos, calçados; duráveis são os de eletroeletrônicos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos; e, os não-duráveis, os supermercados, as farmácias e as perfumarias. Em relação à expectativa de contratação de funcionários, houve queda mensal apenas no segmento de duráveis (-1,7%), sinalizando que as contratações para o segundo semestre irão ocorrer normalmente nos demais segmentos (semiduráveis com 6% e, não duráveis, com 5%).

Ajustes de expectativas

Se até julho a confiança dos empresários em Alagoas estava em alta, os índices de agosto podem indicar um ajuste nas expectativas. "Tradicionalmente, o segundo semestre é mais forte para o comércio local. Por isso, é possível que essa queda no indicador, em julho, seja apenas um ajuste de expectativas mesmo, sem maiores impactos no crescimento dos negócios por falta de investimentos", observa Rosário ao reforçar que os indicadores de investimentos do Icec estão positivos.

A pesquisa do Instituto Fecomércio AL indica que muito desse ajuste de expectativas está concentrado nas pequenas empresas do setor, ou seja, naquelas com menos de 50 empregados, visto que são a maioria das empresas do comércio varejista de Alagoas. Além disso, reflete as incertezas da economia brasileira frente à percepção do empresariado, ainda que os fundamentos macroeconômicos gerais apresentem melhoras nos últimos meses e esteja iniciando o melhor semestre do ano em termos de vendas.

Fonte: Redação com Assessoria

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