O universo pode ser um lugar bastante confuso, para explicar os fenômenos que afetam a existência, a física se divide em duas grandes teorias que explicam, em escalas diferentes, os eventos do universo: a relatividade geral, que descreve o comportamento do macrocosmo, como estrelas e galáxias, e a mecânica quântica, que lida com o microcosmo das partículas subatômicas.
Porém, essas duas teorias não se integram de maneira completa. E a busca por uma teoria universal que unifique todas as leis fundamentais da natureza é, um dos maiores desafios da física moderna. Uma “teoria de tudo” permitiria uma compreensão coesa do universo, desde os menores átomos até as maiores galáxias, e resolveria as lacunas e inconsistências entre a relatividade e a mecânica quântica.
Dentre as diversas possíveis explicações, a Teoria das Cordas é frequentemente destacada como uma candidata proeminente para essa teoria de tudo. Segundo essa teoria, em vez de partículas subatômicas fundamentais, o universo é composto por minúsculas cordas cujas vibrações determinam as propriedades das partículas que conhecemos.
A teoria pressupõe a existência de dimensões adicionais além das conhecidas, levando à previsão de um multiverso com um número quase infinito de universos distintos. No entanto, a dificuldade em testar ou refutar essa teoria e o seu potencial para fazer previsões contraditórias têm levado muitos físicos a considerar alternativas.
Entre as principais alternativas à Teoria das Cordas estão a Gravidade Quântica em Loop (LQG), a Gravidade Assintoticamente Segura, as Triangulações Dinâmicas Causais (CDT) e a Gravidade Emergente. A Gravidade Quântica em Loop propõe que o espaço-tempo não é contínuo, mas discreto, composto por laços quantizados que formam uma rede fundamental. Essa teoria tenta quantizar o espaço-tempo diretamente e oferece uma estrutura alternativa para entender a gravidade sem recorrer às dimensões extras da Teoria das Cordas.
A Gravidade Assintoticamente Segura busca uma teoria onde as constantes de acoplamento se estabilizam em um ponto fixo em alta energia. Isso elimina a necessidade de novas partículas sem evidências experimentais e oferece uma descrição potencialmente mais precisa da interação gravitacional em escalas muito pequenas.
Por outro lado, a Triangulação Dinâmica Causal lida com um espaço-tempo discreto utilizando símplices para modelar a evolução do espaço-tempo ao longo do tempo. A preservação da causalidade e a abordagem de discretização fornecem uma nova forma de entender a gravidade.
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Além disso, a Gravidade Emergente, proposta por Erik Verlinde, sugere que a gravidade não é uma força fundamental, mas um fenômeno emergente derivado da entropia. Essa teoria oferece uma nova visão sobre a origem da gravidade, sem depender da existência de dimensões extras.
A física quântica segue sendo um dos terrenos mais férteis da ciência, e os avanços tanto na área teórica como experimental são acompanhados de novas adições às teorias já existentes e em alguns casos na criação de teorias completamente novas. Mas a ciência é um campo que busca novas perguntas o tempo todo e embora a Teoria das Cordas continue a ser uma candidata importante para uma teoria de tudo, teorias alternativas fornecem diferentes perspectivas e soluções para o problema da gravidade quântica.
A verdade é que uma teoria unificada, que conecte sem falhas a física macrocósmica e a quântica ainda está fora de alcance, mas a exploração dessas abordagens pode eventualmente revelar a estrutura fundamental do universo.
Fonte: Olhardigital