Mais do que qualquer outra poluição do ar, a fumaça dos incêndios florestais é a que mais apresenta problemas para a saúde do cérebro, de acordo com uma nova pesquisa que a associa a um risco aumentado de demência.
As descobertas, divulgadas esta semana na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, na Filadélfia, ocorrem no momento em que milhões de pessoas passaram o fim de semana alertados sobre a qualidade do ar, devido a incêndios florestais que expeliam fumaça no oeste dos EUA.
Em questão estão as partículas finas ou PM2,5, partículas minúsculas cerca de 30 vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo humano que podem ser inaladas profundamente nos pulmões e passar para a corrente sanguínea.
Esta poluição – proveniente do trânsito, das fábricas e dos incêndios – pode causar ou agravar doenças cardíacas e pulmonares, e o novo estudo acrescenta provas de que também pode desempenhar algum papel na demência.
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Não está claro por que o risco aumenta tanto. Mas com o aumento dos incêndios florestais, isto precisa de mais estudos, segundo afirmou Maria Carrillo, diretora científica da Associação de Alzheimer.
Os órgãos de saúde recomendam que se permaneça em casa quando a qualidade do ar é má, mas "há muitas pessoas que não têm a opção de ficar em casa ou de trabalhar fora", observa Carrillo.
Fonte: Olhardigital