Apresentadora de 27 anos fala da oportunidade de comandar o inédito 'Estrela da Casa', reflete sobre a carreira de seis anos na televisão, sonhos, inseguranças, realizações e expectativa para a nova fase Estão preparados para se apegar a mais um confinamento? Se depender da entrega de Ana Clara como apresentadora, é fácil dizer que o Estrela da Casa será um grande sucesso. Uma grande missão para a "estrela" descoberta na "casa" do maior reality show do país, que admite ter começado a sonhar com uma oportunidade dessa ainda nos primeiros passos na televisão.
"É uma realização muito grande, porque sempre falei, desde a primeira entrevista que dei, que era isso que queria. Meu sonho era conquistar um programa diário, na Globo, ao vivo, aí vejo se concretizar. É muito louco, né?", inicia a apresentadora do mais novo reality show musical do Brasil, aos 27 anos de idade.
Do terceiro lugar do BBB 18 ao comando do Estrela da Casa, a jovem carioca passou por seis anos de repertório na grade do entretenimento da TV Globo. Repórter do Vídeo Show , coberturas de grandes festivais, destaque nas entrevistas com eliminados do Big Brother , apresentadora do Plantão BBB na TV aberta, A Eliminação no Multishow e Panelaço no GNT. Além de três temporadas do reality Túnel do Amor e alguns outros projetos disponíveis no Globoplay.
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"É uma mistura de sensações muito grande, emoção com uma sensação de conquista, um orgulho de mim mesma, um nervoso e um medo, que é normal quando a gente vai encarar uma coisa nova"
Naturalmente comunicativa, Ana Clara abre o coração em uma conversa franca - e descontraída - sobre o caminho para o novo desafio. O dilema da figura pública que escolheu reservar a vida pessoal, cobranças, autoconfiança, sonhos, relacionamento à distância e o que esperar da competição entre músicos com estreia marcada para 13 de agosto.
Leia a entrevista completa:
Como você está planejando essa rotina nova? Vai mudar muito?
Essa parte da rotina é uma coisa que estou prestando bastante atenção. As pessoas sempre perguntam como estou me preparando para o programa. Com certeza, a maior preparação que estou tendo comigo mesma é a de organizar minha rotina muito bem. Tem alguns pilares que a gente não pode deixar cair, a coisa da saúde mental, a física. Estou organizando realmente meus dias para priorizar o que tem que ser prioridade e tentar deixar tudo o mais organizado possível para eu não ter que me preocupar durante esse período e conseguir focar no projeto.
Você faz terapia semanal?
Faço terapia toda semana e já estou trabalhando com ela várias coisas também. A gente já está se organizando para poder ficar bem. Acho que é um privilégio muito grande ter a possibilidade de conseguir me preparar para um período porque é um período. É um desafio de um período que eu sei que vem. É um privilégio poder prever algumas coisas, de cansaço mesmo, físico, mental e tudo mais. Essa parte da preparação comigo mesma e com a minha rotina é a principal para mim.
Você vem também pegando firme na rotina de treinos. Também vai seguir?
Acho que algumas coisas são prioridades para mim se eu tivesse que elencar da rotina que eu quero manter para conseguir estar bem no Estrela antes e durante o programa. Isso da terapia e do treino, que é muito importante fisicamente e emocionalmente também, rotina de sono e leitura, para mim, são as quatro coisas que eu estou mais focada.
E você acha que existe uma receita para ser um bom apresentador de reality?
Como não existe uma receita para você ser um participante campeão, querido ou odiado, também não existe receita para o apresentador. Claro que tem algumas coisas que, sempre que a gente puder colocar para agregar nesse trabalho, é muito bom. Gosto muito de tentar me colocar no lugar das pessoas. Por ter participado de reality show, já entendo muito como são esses sentimentos. Você tentar se colocar no lugar da pessoa, não levar tudo tão a sério, se divertir com aquilo também, brincar com eles. São coisas que fazem a diferença, mas não tem uma regrinha que leva ao sucesso.
Você acha que ter participado de um confinamento te deixa mais segura para comandar um reality show ou te dá mais pressão para ir bem?
Acho que me dá mais segurança para entender o que eles estão sentindo. Costumo dizer que é muito individual a experiência para cada pessoa. Mas tem algumas coisas que são comuns a todos, esse sentimentos à flor da pele. Engraçado, a impressão que eu tenho é que todo mundo volta a ser adolescente dentro de reality. Quando você fica com raiva, você fica com muita raiva, quando fica triste, fica muito triste, quando fica feliz, fica muito feliz e é igual a fase da adolescência, é tudo o fim do mundo. Acho que já ter tido essa experiência me dá um pouco dessa sensibilidade de entender o que as pessoas estão sentindo naquele momento.
Como está se preparando para lidar com esses participantes?
Acho que vim me preparando nos últimos anos. Efetivamente, não tem nada que possa mudar da minha rotina, ler, estudar, consumir. Agora, é revisitar as experiências que eu tive nesses últimos seis anos trabalhando como apresentadora, repórter e entrevistadora. Tive a oportunidade de ter todos os ex-BBBs das últimas edições passando pelas minhas mãos numa entrevista, num acolhimento, seja como for. Não teve preparação melhor que essa. Chegar agora nesse lugar é muito bom.
Ana Clara
Globo/Fábio Rocha
Chama a atenção a sua naturalidade e firmeza em tudo o que apresenta, você é assim desde sempre?
Acho que sim, é uma coisa meio de criança, sabe? Sempre gostei muito de falar em público, apresentar, tomar a liderança da situação, pega, fala e faz. Acho que a gente precisa confiar na gente. Às vezes, você está falando um negócio que nem é, você nem tem tanta certeza, mas você passa a credibilidade, porque fala com convicção. A gente não acerta sempre, mas acho que essa firmeza que eu passo, sensação de certeza é disso mesmo. Quando as pessoas vem falar comigo, alguém que estuda jornalismo ou que tem vontade de trabalhar na televisão, falo que o melhor jeito de você entrevistar alguém é conversar mesmo com a pessoa. Isso torna mais agradável assistir à entrevista, apresentação do programa. Isso é o ponto chave.
Você se cobra muito?
É muito inerente do ser humano e da geração que a gente vive se cobrar muito. Me cobro muito, mas tenho cada vez mais tentado educar minha cabeça para ouvir a minha própria opinião sobre mim. Lógico que é muito importante a gente ver como é o resultado, a resposta do público, dos nossos chefes, da nossa equipe, da TV como um todo. Mas é muito importante também ouvir a minha voz, o que achei, sentar e olhar. Se gostei, achei legal, que bom, vamos nessa. Às vezes, a gente fica muito preso nas opiniões das pessoas e se diminuindo mesmo por causa disso. Nas redes sociais, a gente nem sempre vai ouvir opiniões agradáveis ou vai ouvir e não vai concordar mesmo assim, isso acontece.
Tenho trabalhado muito para ouvir mais o que eu mesma acho sobre mim, sem levar opinião negativa das pessoas muito a sério
Quais são as suas inseguranças?
Tenho para mim que a gente não nasceu para ser rejeitado, o ser humano não gosta de ser rejeitado de maneira nenhuma. A gente está constantemente tentando agradar, ser legal e não vai agradar todo mundo. A minha maior insegurança, o maior medo que eu tenho é esse ímpeto de querer agradar todo mundo, querer que as pessoas gostem do que estou fazendo e não tem como. Pode ser que uma coisa que eu faça vá agradar muito x, mas não vai agradar o y. E aí? Paciência. É a maior questão que eu batalho e me concentro em conseguir lidar, entender que não vai dar para agradar todo mundo.
Em 'Túnel do Amor', você interviu de forma pontual após uma fala racista. Qual a importância da apresentadora se posicionar quando tem adversidades como essa dentro do jogo?
Acho que a gente que é apresentador tem um papel muito importante de porta-voz. Seja porta-voz dos outros participantes que estão presenciando uma situação inadequada, do público, que também está presenciando uma situação inadequada em casa, representar a atitude que a TV Globo vai tomar perante a situação. Acho que a gente, como apresentador, tem esse papel muito grande de porta-voz e é muito importante se fazer claro nessas situações que precisam ser apontadas. Acho que o principal é isso. No Túnel, a gente teve uma situação assim e o que eu parei muito para prestar atenção e me colocar era de como eu vou ser porta-voz dessa situação, como vou lidar.
Você tem isso em mente como um reality diário é um reflexo da sociedade?
Cada vez mais a televisão vai ser e já é, desde sempre, um retrato da nossa sociedade. Mas o reality tem esse fator muito diferente, que não é a mesma coisa da novela, que tem histórias que acontecem no dia a dia, porque são histórias. Acabam sendo muito espelhadas na vida das pessoas, mas são histórias. O reality tem a característica de trazer realmente o retrato da sociedade e é muito importante. Acho que isso é uma coisa que cada vez mais vai acontecer, tanto positivo, quanto negativamente. Como a gente lida com isso, como tenta educar as pessoas, explicar, qual é a maneira mais correta, o que não é legal, o que não faz mais sentido da gente aceitar, tolerar enquanto sociedade, faz parte.
E acaba influenciando pessoas que não tem acesso a discussões sociais fora da TV, né?
Que bom que a gente tem esse diálogo aberto, que a gente pode ter isso colocado para pessoas que às vezes não tem acesso à internet. Hoje, a gente vê uma desconstrução muito grande, porque as pessoas têm acesso à informação, mas a gente não pode reduzir o nosso país a uma bolha...Não é. Então, a televisão chega realmente em lugares que pessoas não têm um smartphone na mão e estão presenciando conversas e debates que são importantes de serem levantados, né?
Quem te inspira como comunicadora?
Tenho várias pessoas que adoro, gosto de assistir, olho e me inspiram realmente muito. Tenho muita admiração pela Maju Coutinho e a Poliana, são duas que eu amo, assisto todo domingo, sou fissurada em Fantástico. Adoro o Tiago Leifert, que eu trabalhei muitos anos também com ele, um cara que eu admiro muito. A Fátima Bernardes...Várias pessoas da casa eu admiro muito o trabalho e fico muito feliz de compartilhar o palco com essas pessoas, fico meio chocada até hoje.
Um conselho inesquecível que recebeu de algum comunicador/artista e leva com você?
Tem um conselho, que foi repassado, mas nunca esqueci. Ouvi em 2018 de Fernandinha Souza, ela me deu um conselho que a Ivete deu para ela. Falo que a Ivete que deu esse conselho para mim. Quando acontece alguma situação, polêmica, que acaba atingindo a gente, pegando um lugar ruim, ela falou uma coisa para mim que nunca esqueci. Vale a pena comentar? Quer muito falar? Às vezes, para você, parece o fim do mundo, mas, quando você fala, você está contando aquela história, já está se justificando para pessoas que nem sabiam que estava acontecendo nada. Vai usar sua voz para pulverizar mais ainda essa situação. Vale a pena ou só está com raiva? Se estiver só com raiva, fica quieta. Nunca mais esqueci.
A gente tem que abrir a boca para falar de coisas que realmente valem a pena, senão, só está contando o negócio que não precisa
Se permite o trocadilho, o que acha que te faz ser uma Estrela da Casa?
É uma junção de coisas. Ter tido a sorte, foco e privilégio de ter me preparado para entrar pela porta que abriram para mim anos atrás é o principal. Tive oportunidade de estudar, fazer vários cursos, faculdade de jornalismo. Quando surgiram oportunidades para mim na Rede Globo, estava preparada para agarrar e tive a determinação de fazer isso. Todas as surpresas que apareceram para mim no caminho, ancorar um Rock in Rio, um programa diário no meio da pandemia, entrevistar os eliminados do BBB, tive a condição de agarrá-las. Cara, acho que eu sou boa, sabe? A gente também tem que reconhecer as coisas que a gente é bom e saber em que lugares a gente tem que estar.
Sou muito boa em apresentar e isso é um fator que faz com que dê certo. Nem sei o que faria se não fosse apresentadora, acho que nasci para fazer isso
Ana Clara
Globo/Fábio Rocha
Você tem consciência desde sempre que você é boa?
Sempre soube que tinha facilidade para apresentar. Por ter essa facilidade e gostar, por muito tempo, achei que todo mundo fazia. Foi uns dois anos atrás que mudei minha cabeça, porque pensava que era ligar a câmera e chamar qualquer pessoa e a pessoa vai fazer. Achava que era muito fácil e qualquer pessoa apresentava um programa, pegava, lia um negócio e falava. Depois, fui entender que não é bem assim. Demorei para entender que não é todo mundo que sabe fazer isso, mas gosto muito e tenho facilidade. Acho que a gente se menospreza quando se coloca nesse lugar. Não é de falar que todo mundo faz, mas de colocar no lugar de que não é tão especial por fazer isso...Não, cara...É muito legal.
Apesar de ser muito espontânea como apresentadora, você é bastante reservada na vida pública. Por que essa escolha depois de já ter se exposto 24 horas no BBB?
Apesar de eu ter uma uma personalidade muito extrovertida, gosto de conversar, se chego num lugar e tiver que fazer amizade com todo mundo, vou fazer, tiver que pegar o microfone para falar, vou falar, não sei se gosto muito de todo mundo falando e opinando sobre minha vida pessoal. Uma coisa é estar todo mundo falando como a Ana apresenta bem aquele programa com aquela roupa bonita, falando sobre o âmbito profissional. Mas não sei até que ponto acho legal e saudável isso se estender para minha vida pessoal [...] Sei que, hoje em dia, as pessoas nem sempre fazem essa escolha, gostam de compartilhar tudo e tudo bem também, mas só não acho que funciona para mim. Realmente, fui para o Big Brother, estava 24 horas sendo observada, mas estava só vivendo e não estava recebendo a opinião das pessoas de volta.
Não acho que cabe a ninguém falar o que pensa da minha casa, namorado, roupas que visto, onde vou. [Vida pessoal e profissional] são duas coisas que precisam estar separadas para mim
Acha que se relacionar com alguém que não é do meio [advogado] faz mais sentido para você?
Acho que sim, mas também não posso tirar o mérito do Bruno. No sentido de que ele poderia não ser do meio, mas poderia gostar e querer usufruir e se importar com isso. Ele poderia questionar o porquê não vamos aparecer. Então, vai muito da personalidade dele também, né? E prefiro...Acho que não conseguiria me relacionar com alguém do meio. Demorei para expor o Bruno por mim. Até ficava mais tempo, mas a safada da Juliette postou a gente. É legal, é gostoso compartilhar, mas é uma coisa que falei para ele no início do nosso relacionamento, por mim, a gente esperava nove meses igual gravidez, porque as pessoas vão falar, vão querer se meter e se intrometer e dar a opinião delas. A gente não precisa disso, entendeu? Ele concordou e é tudo conversado. A gente está muito bem assim.
Você sofre muito com a ponte aérea Rio-SP do relacionamento?
É muito difícil, mas a gente consegue graças a Deus ter condições de viajar e se ver bastante. Em junho, a gente ficou o mês todo separado, mas a gente consegue se ver bastante. A gente vai combinando. O Bruno entende muito. No Estrela, a gente vai ter 50 dias de programa que não posso sair do Rio. Então, ele vem e volta e está tudo bem. Quando puder, vou e a gente vai indo e conversando.
Qual é o bônus e o ônus da fama para você?
Lógico que tem coisas muito legais, quando tem uma coisa muito bacana acontecendo, é numa escala enorme. Você anuncia um novo projeto, vê várias pessoas superfelizes e o acesso. Estava conversando com alguns amigos que, hoje, no nosso país, tem muita gente com muito dinheiro, mas não tem acesso. Isso é uma coisa que enche muito os olhos das pessoas. Acho que esse seja o maior motivo das pessoas quererem fama, poder ir em lugares que talvez você não não entraria só com dinheiro. Não que eu aproveite desse acesso, porque prefiro ficar em casa ou com os meus amigos na maior parte das vezes, mas acho que esse seja o bônus. A parte ruim é se meterem, e, principalmente, a coisa da energia, para quem acredita em energia da espiritualidade. Tem muita gente que torce pelo bom, mas também tem muita gente que manda energia negativa. A inveja, torcer contra, isso acontece.
Ana Clara
Globo/Fábio Rocha
O visual é algo que te preocupa muito? Como lida com a pressão estética?
Não é uma coisa que me afeta, tá? Sou muito de, se estou me olhando no espelho e estou feliz, gosto do meu cabelo, ele vai ficar assim. Se as pessoas acham que tinha que ser mais curto, sinto muito, estou feliz com o meu peso, com o meu corpo, estou feliz. Se a imagem na televisão é melhor você ter 5 kg a menos, porque a TV engorda muito...Sinto muito. Tenho esse entendimento, me deixa triste de verdade que exista ainda muita gente que sofre com essa pressão. Com todo o acesso à informação, as pessoas estão entendendo que não não vamos falar do corpo das pessoas, impor padrões x, y, z, mas muita coisa ainda é velada.
Apesar de não ter esses problemas, aceitar que minha opinião é mais importante, fico muito triste que ainda tem muita gente que sofre com esse peso do padrão estético. Espero que isso mude nesse meio do entretenimento
E você lida bem com sua autoestima?
Nunca lidei bem, nem lido ainda. Acho que é uma constante batalha. A gente fica: 'Ai, tô linda, tô feia'. Mas acho que isso de saber o que eu queria mudar ou não foi muito importante para mim. Quando comecei a fazer televisão, foi um momento crucial. Por que eu quero emagrecer? É porque estou na TV ou é porque estou me olhando no espelho e quero? Por que quero cortar meu cabelo? É porque acho que tenho que mudar o visual? Foi quando tive essa virada de chave de entender que as coisas que queria fazer era por mim, não pelo meio. Mas autoestima é uma montanha russa. A gente vai e volta vai e volta e tudo bem.
Você sente a responsabilidade social de passar mensagem para as pessoas por ter muitos seguidores e muita visibilidade?
Acho que é importante, mas vou trazer o exemplo do Rio Grande do Sul. Foi uma comoção geral. Todo mundo estava engajado para aquela causa. Normalmente, prefiro fazer a minha parte na minha e acho que isso é uma escolha muito particular de todo mundo. Tem gente que ama fazer o post, fazer o bem sem olhar a quem, e tudo bem, porque isso incentiva muitas pessoas também a ajudarem seja como for. Mas eu, geralmente, faço mais no meu. Gosto muito de ação social, sempre fiz trabalho com criança, fiz muito trabalho voluntário de várias maneiras, em hospital, em sopão. Gosto muito, sempre fiz e continuo fazendo. Mas isso é uma coisa que, como vários outros aspectos da minha vida particular, prefiro deixar no particular.
Uma curiosidade que o público não imagine sobre a Ana Clara?
Duas coisas que são relacionadas com sono que ninguém sabe disso, só o Bruno que dorme comigo e minha mãe e meu pai. Tenho um bicho que durmo com ele há muitos anos. Levo ele para viajar comigo, ele já foi para Disney, Europa e fico arrasada quando esqueço. E preciso dormir ouvindo alguma coisa, durmo ouvindo um reality show de drag queen que eu amo, que é Rupaul's Drag Race, assisto todos os dias para dormir ou eu durmo ouvindo barulho de chuva ou ventilador, bem específico. Não consigo dormir se não tiver essas coisas comigo. Quando vou voar de madrugada, baixo o episódio das minhas drag queens ou um podcast de oito horas, que já está baixado no meu Spotify, de chuva e barulho de ventilador.
Que bicho é esse?
Chama Epa, a minha mãe trouxe para mim de uma viagem que ela foi quando eu já tinha uns 11 ou 12 anos, eu já era velha, não era criancinha. Nunca mais eu larguei o bicho, já está sem orelha, sem nariz. Minha mãe já costurou várias vezes. É como se fosse um travesseiro, aquele travesseiro mais longo, tipo um cachorro e eu deito nele. Ele é conhecido entre meus amigos. Quando comecei a ficar com o Bruno, meu falou assim: 'Você não botou ele para dormir com aquele bicho podre, né?' Com certeza...Desde o início. Vou mandar uma foto.
Qual seu sonho?
Meu sonho agora é que o Estrela seja maravilhoso, sem muito desespero, mas acho que vai ser. Confio muito nesse projeto, no que a gente está organizando e montando para entregar para o público. Acho que vai ser um sucesso mesmo. O formato é muito legal, os participantes que vão ser selecionados, as inscrições que a gente teve foram muito legais. Está sendo muito bem estruturado para entregar uma coisa muito legal. Meu maior sonho agora, todas as minhas orações, desejos, energias estão focadas para tornar o Estrela melhor possível.
O que pode adiantar do Estrela do Casa?
A principal curiosidade é como é que as pessoas vão lidar com o fato de que pode ser que tenha um artista que elas amam a música e odeiam a pessoa e que elas amem a pessoa e odeiem a música. Essa vai ser a maior peculiaridade que a gente vai vai poder ver, porque a gente está falando de um reality, que tem os três pilares muito bem definidos: a música, o jogo e a convivência. As pessoas vão ver essas três coisas se manifestando nos participantes. Pode ser que tenha um cantor de sertanejo que é uma pessoa que você não gosta, mas você ama a música sertaneja dele. Amo o cara que canta trap, mas não escuto trap e estou torcendo para ele. Vamos ver o que vai se sobrepor, se é a personalidade dos artistas ou a música deles.
Qual o perfil de campeão para você?
Acho que não tem receita de bolo para ser campeão, é muito difícil a gente ver. Juntando todos os realities que a gente tem hoje no Brasil e, dentro da Globo, por exemplo, não tem uma coisa que seja comum a todos. Acho que é muito difícil você definir algo. Se eu pudesse dar uma um conselho para os participantes, tanto para quem entra no Big Brother, no Estrela da Casa, o segredo é você se entregar e confiar em você mesmo, nas suas opiniões, nas suas convicções. Você tem 50% de chance das pessoas te adorarem e 50% de chance de não gostarem. Seja você, se gostarem ou não é uma surpresa sempre. E me envolvo com todos, queria que todos ganhassem. Fico com pena de todos aí penso na família, sou sempre imparcial.
E um sonho pessoal?
Viajar muito mais. Já conquistei minha casa que eu amo, o meu carro, minhas coisinhas, várias coisas que sempre almejei quando era mais nova, que eu sempre quis. Hoje, quero priorizar as viagens, uma coisa que sempre amei muito. Graças a Deus, minha mãe pode me levar para vários lugares para conhecer, mas ainda tem muitos lugares que eu tenho vontade de ir. Esse é meu foco. Meu sonho de vida pessoal é focar nesse meu lado viajante, porque realmente me traz muita paz viajar.
E o que você falaria para Ana Clara que foi convencida pelo Papito a entrar no Big Brother ?
Nossa...Meu Deus, vai acontecer muita coisa. Calma...Vai dar tudo certo! Confia!