O volume de serviços prestados no país ficou estável na passagem de abril para maio, após dois meses seguidos de alta, informou nesta sexta-feira, 12, o IBGE. Na comparação com maio de 2023, o setor teve expansão de 0,8%.
No acumulado nos quatro primeiros meses do ano, o volume de serviços cresceu 2% frente ao mesmo período do ano anterior. Já nos últimos 12 meses, o avanço foi de 1,3%.
“Em maio, o setor de serviços se encontrava 12,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica (dezembro de 2022)”, destacou o IBGE.
O resultado, entretanto, veio melhor do que o esperado. A mediana dos analistas do mercado projetava uma queda de 0,8%.
O setor de serviços é o que possui o maior peso na economia brasileira, respondendo por cerca de 60% do PIB (Produto Interno Bruto).
Das cinco atividades acompanhadas pela pesuqisa, três apresentaram queda. Destaque para o setor de transportes, que recuou 1,6%. "Influenciado, principalmente, pela menor receita vinda do transporte aéreo, e, em seguida, do rodoviário coletivo de passageiros", explica Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa.
As outras duas retrações ocorreram em informação e comunicação (-1,1%) e em outros serviços (-1,6%), que vinham dois resultados positivos seguidos, com altas de 5,3% e 4,5%, respectivamente.
Entre os setores com expansão, destaque para serviços prestados às famílias, que cresceu 3%, recuperando integralmente a perda do mês anterior, de 2,7%. A principal contribuição positiva nesse setor veio dos restaurantes.
"A ocorrência do Dia das Mães pode ter ajudado a explicar esse avanço, por conta de um movimento maior de pessoas que saem para comer fora de casa em reuniões familiares. Além disso, aconteceu o show da Madonna no Rio de Janeiro e eventos de grande magnitude, com grande fluxo de pessoas, costumam impactar essa atividade econômica", analisa Lobo.
A outra alta foi do setor de serviços profissionais, administrativos e complementares, cuja expansão de 0,5% recuperou apenas parcialmente a queda de abril.
Fonte: ISTO É DINHEIRO