A mandioca é uma fonte chave de nutrição no mundo. A planta foi domesticada há cerca de 10 mil anos pelos povos que habitavam a bacia amazônica no Brasil. Hoje, o alimento está difundido por várias partes do planeta e cientistas acreditam que o produto se torne a principal cultura do mundo no futuro. Mas há um detalhe, a mandioca é tóxica.
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Não se sabe ao certo como os povos antigos descobriram a toxicidade da mandioca, mas eles conseguiram desenvolver um processo complexo e de várias etapas que deixa o alimento comestível e seguro.
Os antigos trituraram as raízes amiláceas da mandioca em tábuas. Esse processo imita a mastigação, causando a liberação das substâncias tóxicas. No entanto, elas acabam sendo dissipadas pelo ar, sem gerar problemas de saúde.
Em seguida, a mandioca desfiada é colocada em cestos, onde é enxaguada, espremida à mão e drenada repetidamente. A ação da água libera mais cianeto, nitrilas e cianoidrinas. Por fim, a polpa resultante é seca, ou cozida, acabando com qualquer risco para a saúde humana. Esse processo é tão eficaz que segue sendo utilizado até hoje.
Atualmente, existem mais de 70 variedades distintas de mandioca produzidas no mundo. E segundo cientistas, as mudanças climáticas irão potencializar ainda mais esta cultura, que já se disseminou para países africanos, como a Nigéria e a Tailândia. Neste cenário, a mandioca é apontada como o superalimento do futuro.
Fonte: Olhardigital