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Quem é Pedro Lourenço, dono de rede de supermercados bilionária que comprou o Cruzeiro

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Reprodução

Pedrinho, como é carinhosamente chamado pela torcida cruzeirense, desembolsou R$ 600 milhões para adquirir 90% das ações do clube

O comando do Cruzeiro mudou de mãos na última segunda-feira (29). O time de Minas Gerais, que foi adquirido pelo ex-jogador Ronaldo Nazário em 2021, quando virou uma Sociedade Anônima de Futebol (SAF), agora pertence ao empresário Pedro Lourenço, de 68 anos.

Pedrinho, como é carinhosamente chamado pela torcida cruzeirense, desembolsou R$ 600 milhões para adquirir 90% das ações do clube, sendo que 10% pertence à associação do Cruzeiro. Desse montante, R$ 100 milhões já haviam sido investidos em 2023, R$ 150 milhões serão pagos neste ano e outros R$ 350 milhões devem ser quitados ao longo de dez anos.

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Quem é Pedro Lourenço?

Nascido em Paineiras, cidade localizada a 250 quilômetros de distância de Belo Horizonte, Pedrinho teve pais lavradores e estudou até o 8º ano do ensino fundamental. Com 18 anos, ele decidiu ir para a capital trabalhar, onde conseguiu seu primeiro emprego em um supermercado.

Encarregado inicialmente por cuidar do estoque, o jovem foi crescendo dentro da companhia, passando por funções como carregador, repositor, vendedor. Em poucos anos ele já havia se tornado supervisor de vendas de um atacadista da região.

Com algumas economias no banco, Pedro decidiu abrir seu próprio negócio e fundou, em 1996, a mercearia BH, que hoje se tornou a rede de supermercados BH, com mais de 300 unidades abertas.

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Para conquistar esse sucesso, o empresário precisou vender, em 2004, 40% de sua operação para arrecadar dinheiro e continuar comprando unidades de supermercados que não tinham sucesso, fazendo o seu negócio crescer cada vez mais. Sua estratégia foi focar na periferia de Belo Horizonte e em cidades pequenas da região, que eram carentes de supermercados.

Hoje, a BH fatura mais de R$ 17 bilhões anualmente e é a quinta maior rede de supermercados do Brasil.

Pedrinho é fanático pelo Cruzeiro desde pequeno e já chegou a pagar os salários atrasados dos jogadores antes mesmo de comprar o time. Agora, ele afirma que vai mexer pouco no time deixado por Ronaldo.

“Podem ter certeza do carinho que tenho pela torcida e pelo amor ao Cruzeiro. Eu sou Cruzeiro. Não estou comprando um negócio. É uma paixão. Vamos tratar disso com paixão e razão. Sempre voltado para o lado da torcida. Vamos dar uma sacudida nesse Cruzeiro, que precisa”, disse o empresário em entrevista para a rádio Itatiaia.

O que a aquisição significa para a supermercados BH?

A mudança movimentou as redes sociais nas últimas 24 horas e diversas questões foram levantadas, como o futuro da rede de supermercados de Pedrinho, a BH. Na visão dos especialistas, a mudança será positiva para todos os sentidos.

“O fato de se tornar proprietário de um clube de futebol não pode tirar o brilho do que ele e sua família representam para todo o estado. Eles empregam mais de 30 mil pessoas e isto deve ser colocado em conta, até porque, pelo o que sei, ele nunca empregou ninguém levando em conta o time que a pessoa torce”, afirma Renê Salviano, CEO da Heatmap, agência que atua com marketing e patrocínio esportivo.

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“As brincadeiras de internet existem e deixam o futebol alegre, mas é preciso ter respeito e limite. Tenho certeza que, no fundo, as pessoas sabem o quanto é benéfico para as instituições ter empresários mineiros, especializados em gestão, com sucesso no que fazem e se tornando donos dos times que torcem”, complementa.

Para Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, a compra do Cruzeiro pode trazer valorização mútua para seu negócio de supermercado e para as ações do clube. “Pedro tem uma das maiores redes de supermercados do país, que está presente em territórios preenchidos por torcedores do Cruzeiro, o que pode ser muito positivo”, conta o COO. “Essa operação é ímpar, porque sinaliza benefícios evidentes para quem vendeu e comprou as ações, mas também para os torcedores do clube”, pondera Thiago.

Forbes Brasil

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