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China

A morte não é o fim? IA "ressuscita" entes queridos e gera debate

A inteligência artificial (IA) consegue criar imagens (estáticas e com movimento) e vozes a partir de amostras.


A inteligência artificial (IA) consegue criar imagens (estáticas e com movimento) e vozes a partir de amostras. E empresas viram nessa capacidade o potencial para um novo nicho de mercado: a "ressurreição digital".

Para quem tem pressa:

Na China, por exemplo, "ressuscitar" humanos em versões digitais tem sido um nicho próspero, segundo o Global Times. Por lá, cada vez mais pessoas contratam empresas especializadas para criar "clones" digitais de entes falecidos.

Leia mais:

'Ressurreição digital' via IA

(Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital)

A empresa de IA Super Brain já atendeu mais de mil pedidos de "ressurreição digital", conforme informou o fundador da companhia, Zhang Zewei.

Para "clonar" (digitalmente, claro) o falecido, a Super Brain alimenta uma IA com fotos e vídeos da pessoa. Com base neste material, a tecnologia reproduz a imagem, a voz e até mesmo o comportamento da pessoa.

Essa, digamos, modalidade se popularizou na China após o músico Tino Bao revelar ao público sua filha "ressuscitada" por meio de IA, conforme publicado pelo veículo de comunicação chinês. Mas esse tipo de uso da tecnologia não passa incólume de polêmicas e controvérsias por lá.

Por exemplo, um criador de conteúdo usou IA para "ressuscitar" diversos artistas chineses falecidos. Até aí, (meio que) tudo bem. Mas ele não pediu permissão das famílias para isso. Resultado: deu problema. O pai de um falecido ator pediu a remoção do vídeo, por "reabrir antigas feridas emocionais".

Casos no Brasil

(Imagem: Reprodução/Volkswagen)

O tema é um tanto mórbido, mas já vimos este tipo de uso da IA no Brasil. Um dos casos mais emblemáticos foi aquele comercial da Volkswagen que "ressuscitou" a cantora Elis Regina. No vídeo, veiculado em julho de 2023, o "clone" da artista canta Como Nossos Pais ao lado de Maria Rita, filha da cantora.

Outro artista a ser tirado do sossego pela IA foi Luiz Gonzaga, "ressuscitado" num dueto com o cantor João Gomes. A dupla cantou Eu Tenho a Senha, de Gomes, durante o festival iFood Arraial Estrelado, realizado no Jockey Club em São Paulo (SP). O episódio ocorreu pouco depois da veiculação (e repercussão) do comercial da VW.

Artistas famosos gringos – por exemplo: James Dean, Audrey Hepburn e Michael Jackson – também não escaparam dessa ânsia nostálgica. É como se os casos envolvendo esses famosos tivessem preparado o terreno para a onda atual de "ressurreição digital" de meros mortais – que, aparentemente, tem sido imortalizados.

Olhardigital

Pro China Inteligência Artificial Mortes

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