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Arqueólogos

Túmulo para vítimas da peste pode ser o maior cemitério em massa já localizado na Europa

Escavações realizadas na cidade de Nuremberg, na Alemanha, descobriram o que pode ser o maior enterro em massa de vítimas da peste bubônica já identificado na Europa.


População de Nuremberg sofreu com a doença

A datação dos restos mortais ainda não foi finalizada, mas estimativas sugerem que os oito poços tenham sido construídos por volta da primeira metade do século XVII. As informações são do ScienceAlert.

Alguns dos ossos parecem tingidos de verde. A explicação para isso é que o local também foi usado para descartar resíduos de uma fábrica de cobre próxima.

A peste bubônica tem sido associada a muitas das pandemias mais devastadoras da história, principalmente a Peste Negra do século XIV e a peste justiniana que começou no século VI. No entanto, a infecção altamente contagiosa transmitida por pulgas ressurgiu com frequência em surtos menores ao longo dos tempos.

Após a Peste Negra na Europa, epidemias locais se repetiram por cerca de 400 anos, devastando cidades. E Nuremberg não foi exceção. A cidade teve um famoso cemitério dedicado à peste, St. Rochus.

Mas, segundo os arqueólogos do In Terra Veritas, os túmulos encontrados agora revelam um cenário assustador.

Essas pessoas não foram enterradas em um cemitério regular, embora tenhamos cemitérios designado de peste em Nuremberg. Isso significa um grande número de pessoas mortas que precisaram ser enterradas em um curto espaço de tempo, sem levar em conta as práticas cristãs de sepultamento.

Melanie Langbein, arqueóloga do Departamento de Conservação do Patrimônio de Nuremberg

A peste não deixa vestígios visíveis nos ossos de suas vítimas, então análises precisarão ser feitas para confirmar o diagnóstico. No entanto, várias linhas de datação apontam a peste como a explicação mais provável para as mortes.

As sepulturas contêm os restos mortais de crianças e idosos, homens e mulheres. A peste não parou no sexo, na idade ou no status social. Agora, pela primeira vez, uma análise empiricamente confiável de um grande grupo populacional desse período pode ser realizada para uma cidade com a importância de Nuremberg. Nem é preciso dizer que este achado histórico e arqueologicamente significativo deve ser tratado de forma sensível e adequada.

Melanie Langbein, arqueóloga do Departamento de Conservação do Patrimônio de Nuremberg
Até 1.500 corpos podem estar enterrados no local (Imagem: divulgação/In Terra Veritas)

A peste bubônica

Olhardigital

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