A eleição presidencial nos Estados Unidos ainda está longe, mas já impacta diretamente nas políticas adotadas pelo governo Biden.
Segundo informa o jornal The New York Times, o democrata deve recuar da ambiciosa proposta de transformar a frota de carros do país.
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De olho no meio ambiente e na sustentabilidade, o presidente Joe Biden e a Agência de Proteção Ambiental americana publicaram regras que determinavam um aumento na produção de veículos elétricos.
Essas normas exigiam que, em 2030, 67% dos novos automóveis e caminhões fossem totalmente elétricos. A meta é bastante ousada, uma vez que, em 2023, esse número equivalia a apenas 7,6%.
Foi uma tentativa do democrata em diminuir a emissão dos gases do efeito estufa. A ideia, no entanto, não deve sobreviver à política e ao lobby.
Tanto os fabricantes de carros como a chamada United Auto Workers cobraram uma flexibilização dessas regras. Alegam que a tecnologia ainda é cara demais para a população no geral, além de criticarem a falta de infraestrutura para carregadores.
Na outra ponta, sindicatos também pressionam a atual administração, argumentando que muitos perderiam os empregos, já que os EVs demandam menos trabalhadores para serem construídos.
Quem se aproveitou disso tudo foi o provável candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump. Falando a jornalistas, ele já declarou que os carros elétricos "não funcionam", que o plano de Biden é "uma loucura", ameaça empregos e disse que interromperia o projeto assim que vencesse o pleito.
Biden terá de tomar uma difícil decisão agora. Se recuar definitivamente, ele vai acabar desagradando a base dele e os ambientalistas. Se não modificar nada, será amplamente criticado por esses setores já citados.
Segundo informa a agência Reuters, a Casa Branca trabalha por uma espécie de meio termo, com regras brandas até 2030 e o retorno das normas rígidas em defesa dos EVs após essa data.
O Olhar Digital acompanha.
Quando eu disse provável, ao me referir a Donald Trump, é por que os trâmites do processo eleitoral americano são muito diferentes dos nossos. Os dois principais partidos do país, o Republicano e o Democrata, ainda não escolheram os seus candidatos oficiais – que precisam vencer as chamadas primárias.
Ao que tudo indica, porém, a disputa deste ano terá o atual presidente contra o ex-presidente imediato – será a primeira vez que isso vai acontecer na história.
As informações são do site Electrek.
Fonte: Olhardigital