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Comerciante é expulsa de imóvel e acusa prefeita de Campo Alegre de perseguição política em Junqueiro

Por Redação em 04/11/2020 às 00:31:13

Sandra Feijó tem posse de imóvel da família de Pauline Pereira cedido como ponto comercial há 20 anos, mas, segundo ela, após anunciar apoio a candidato adversário do grupo, foi expulsa da loja e o imóvel foi parcialmente demolido; em nota, prefeita nega a acusação e cita ingratidão de Sandra: "Tenta conceder caráter eleitoral a uma situação que não possui qualquer relação ao pleito"

A disputa pela prefeitura de Junqueiro fica cada vez mais acirrada nas últimas semanas que antecedem a eleição municipal marcada para o dia 15 de novembro. Dois grupos polarizam a briga pela Prefeitura, desde 2016, quando eleição foi decidida por apenas 3 votos de diferença. De um lado o atual prefeito, Carlos Augusto de Lima Almeida (MDB), que tenta a reeleição apoiado pela família Pereira, e em especial, pela prefeita Pauline Pereira, da cidade vizinha, Campo Alegre, que segundo relatos, mora em Junqueiro; e de outro lado, o empresário Leandro Silva (PTB).

Cidade enfrenta disputa acirrada mais uma vez pela Prefeitura (Foto: Parte Alta)

E esse cenário de disputa em Junqueiro ganhou um novo capítulo essa semana, após a denúncia da comerciante Sandra Conceição de Melo, a Sandra "Feijó", de que estaria sendo vítima de uma perseguição política na cidade, promovida pela prefeita de Campo Alegre, Pauline Pereira. Sandra diz que, após anunciar oficialmente seu apoio ao candidato Leandro Silva (opositor da atual administração apoiada pela família Pereira), foi despejada, de forma ilegal, do imóvel que ocupava. Segundo Sandra relata, há 20 anos ela utilizava comercialmente um ponto cedido (apenas de palavra) pelo pai de Pauline, o ex- prefeito João José Pereira (falecido em 2010), para que ela pudesse montar sua loja de roupas (Nanda Modas e Presentes). O ponto foi cedido, segundo ela, sem pagamento de aluguel ou nenhuma outra taxa acordada durante tempo ilimitado.

Sandra Feijó diz que está sendo perseguida por sua vontade política

Essa semana, segundo Sandra, após ela e a mãe anunciarem apoio ao candidato Leandro Silva, a situação começou ficar tensa. Depois de retirar as mercadorias da loja para reforma e balanço durante a pandemia do novo coronavírus, a comerciante voltou ao ponto e notou que a fechadura havia sido trocada. Após mandar refazer a fechadura com a ajuda de um chaveiro, encontrou, no dia seguinte, a parede de trás demolida.

"Depois que minha mãe e eu anunciamos o apoio a Leandro como candidato, não deu oito dias, aconteceu de chegar alguém mandado por ela, dona Pauline Pereira, que foi o Eliakim [José Eliakim Santos de Almeida, secretário de Indústria e Comércio de Junqueiro], que queria a chave da loja. Eu disse que não daria, pois a loja era minha. Ele chegou e disse que ela pediu pra eu desocupar até meio-dia. Eu disse que não podia porque não tinha onde guardar os móveis. Na época da pandemia eu queria fazer um banheiro e pintar. Foi quando veio a falta de tijolo em Junqueiro e não consegui fazer. Foi por isso que tirei a mercadoria, e não porque a loja estava desocupada, como alega Pauline pelo advogado dela, dizendo que o imóvel estava fechado. Eu tirei a mercadoria para pintar" – disse Sandra.

Com o prazo de quatro horas que foi dado para a saída do imóvel, Sandra ficou assustada. "Fui no Fórum. Lá só tinha a Defensoria Pública. Falei com o defensor e falou para mim que eu não sairia senão fosse por um mandado judicial. Aí eu mandei dizer isso para ela. Só que antes eu perguntei onde ela estava (Dona Pauline). Ele [Eliakim] disse que ela estava em casa [em Junqueiro]. Eu disse que iria falar com ela. Em 10 minutos ele voltou e disse que ela só queria a chave. Ela disse que não me receberia. Ela deixou claro que ela pode e que está além da lei. Disse ao advogado dela que não me reuniria mais por que ficou claro que eu era lixo perto dela. Aí pelo fato de eu ter dito que seria só na Justiça, ela arrombou pela primeira vez, né? Tirou parte de minhas coisas, levou para a terraplanagem, que é uma garagem deles e comunicou através de Whatsapp". Sandra relata que a mensagem foi de uma mulher identificada como Priscila (que trabalharia para os Pereira), inventariando o que havia na loja e orientando que ela desocupasse o imóvel, pois segundo a mensagem, o imóvel já estava alugado para outra pessoa.

"Fui ao CISP e relatei isso ao delegado. Quando a gente conseguiu abrir a loja com o chaveiro, aí vi a mesa de vidro quebrada, a de granito quebrada, as prateleiras foram arrancadas com martelo e danificou todas as prateleiras. O delegado me pediu que eu fechasse a parte que foi arrombada. Ontem (30/10) eu fiz isso. O pedreiro terminou a parede quase 7 horas da noite, quando eu vim para casa, eu demorei a dormir. Fui aguar as plantas e decidi ir lá. Quando passei, já vi coisas erradas. Segundo arrombamento. Vi pedaços de gesso. Percebi que teriam utilizado uma máquina grande para destruir tudo, até o teto. Chamei o chaveiro pela segunda vez e tava lá, teto, tudo no chão. Eles tiveram acesso pela garagem de Seu Geraldo Maguary, que é dele e do Adriano (loja de construções) que só entram com a permissão deles. Eles são da família. Eu liguei para a polícia e o policial me falou que não precisava mais fazer BO, porque na quarta-feira (4) a gente já vai usar o que tem. Mandou só tirar as fotos para anexar ao processo" informou Sandra.

Loja ficou toda destruída

Loja após ocorrência registrada na Polícia.

Sandra diz ainda que constituiu um advogado e que agora o caso será levado à Justiça. "Só quero preservar meus direitos", finalizou.


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